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Pororoca: artistas brasileiros se apresentam em Nova Iorque em defesa da Amazônia

Espetáculo musical reúne dezenas de artistas que celebram a diversidade cultural do Brasil e discutem sobre conscientização e proteção da Amazônia.  

Bruna Dias
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Hoje (20), o Brasil invade o Central Park, no Rumsey Playfield, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para celebrar a Amazônia e os povos originários, com a 'Pororoca'. O evento, dividido em dois momentos, com um manifesto audiovisual e o espetáculo, é a celebração da diversidade cultural e de conscientização sobre a urgência de se proteger a Amazônia, transmitindo para o mundo uma mensagem de união e responsabilidade compartilhada em relação ao desenvolvimento social e ao meio ambiente.

Os artistas Fafá de Belém, Manoel Cordeiro, Aíla, Felipe Cordeiro e DJ Méury, dão o tom paraense para essa mistura, que ainda tem mais dezenas de artistas da região. Carlinhos Brown, BaianaSystem e Olodum mostram as raízes ancestrais, o rapper Owerá, representante da etnia indígena Guarani, Glicéria Jesus da Silva, do povo Tupinambá, e Kaê Guajajara, mostrando as vozes indígenas, as cantoras Patrícia Bastos, do Amapá, e Djuena Tikuna, também da região Norte do Brasil, enriquecem ainda mais a dinâmica do show.

Além disso, as lideranças indígenas Raoni Metuktire, Txai Suruí, Karai Djekupe, entre outros, também estarão presentes.

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O espetáculo será gravado diretamente de Nova York e transmitido posteriormente no Canal Multishow.

Quem estará por lá representando o Pará é a dançarina Ca Brittu. Após uma seletiva realizada com a coreógrafa e dançarina Bella Fernandes, ela ficou entre os escolhidos para viver esse momento, que além de ser um sonho, é o reflexo da sua carreira, que começou a ser trilhada no Pará e hoje é semeada também em São Paulo.

“Está sendo incrível a experiência, nunca imaginei que eu pisaria em Nova Iorque, mas sempre atraí isso para mim, sobre o meu trabalho me levar a lugares mais distantes. E agora com essa vinda para cá, conseguir trazer a minha cultura paraense. Então, está sendo muito sensível apresentar a minha cultura nortista amazônica, é um privilégio poder dançar algo que é da minha vivência, da minha realidade, da minha terra, do meu sangue. Então está sendo uma experiência muito sensível e emocionante nesse sentido”, analisou Ca Brittu.

A profissional destacou a importância de estar levando o nome do Pará e do Norte para o mundo, principalmente por ser ela contando essa história. “O balé é composto por nortistas e nordestinos. É importante frisar que as origens desses artistas são do Norte e Nordeste porque geralmente quando se fala em apresentação artística Amazônia a gente não se vê falando da gente, nós não estamos lá. Então agora está apresentando esse ato político artístico é de uma representatividade muito grande, muito sensível. Porque eu consigo olhar e me ver nos dançarinos e nos outros artistas que estão compondo esse show, consigo ver meus semelhantes e que a gente está fazendo a nossa para o mundo. Estamos na Times Square, em Nova Iorque, então é possível alcançar voos muito mais altos com a nossa arte, com a nossa cultura. Estou muito feliz de poder apresentá-la nesse sentido”, pontua a dançarina.

A cametaense DJ Méury vai fazer a Times Square tremer. Com suas vinhetas e músicas marcantes, ela conseguiu com essa junção mesclar os estilos de várias regiões do Pará. Ela se destacou nacionalmente com ‘Faz a Boquinha do Animal’, e chegou a participar do primeiro e único clipe paraense da produtora Kondzilla da música, junto com Mc Dourado.

Méury é produtora referência como a primeira DJ mulher a produzir Tecnomelody no Pará. Vale lembrar, que ela é dona do remix da música "No chão novinha" do Pedro Sampaio e Anitta, lançado oficialmente na plataforma Spotify pelo artista.

“O evento é uma ação de impacto global em defesa da Amazônia, e nesse contexto é importante mostrar o nosso ritmo do Norte e paraense. Vou estar representando as aparelhagens, tocando as suas músicas, o que tem no Pará, mostrando vídeos mais tocados nas plataformas. É muito gratificante participar de um evento ao lado de Carlinho Brown, Fafá de Belém, Olodum e outros artistas convidados. Além de tudo, estou representando também os DJs das aparelhagens. Essa é mais uma conquista para nós, mulheres, porque uma DJ está participando de um evento internacional”, avalia Méury.

A cantora e multiartista Aíla assina a direção artística-musical juntamente com Russo Passapusso, do conhecido grupo Baiana System. Aíla é uma das principais vozes da música contemporânea da Amazônia, e articuladora de projetos pioneiros na Região, ela também se apresenta no Central Park.

“Dentre tantos eventos e atos da semana do clima, ter um desses que consiga abraçar uma parte das nossas Amazônias é uma grande vitória. A gente está super feliz de poder levar a nossa música, a nossa arte, a nossa dança pra Nova Iorque. Pororoca é um espetáculo que é o Brasil, com dezenas de artistas brasileiros de várias regiões do país, e a Amazônia está lá, como protagonista dessa história. Quando uma porta se abre, ela não se fecha mais. Quando a gente chega em bando, a nossa força é muito maior. Sem dúvida, esse é mais um começo dessa história de retomada dos Amazônidas como parte desse grande e diverso Brasil. Eu participo do bloco A Amazônia é Pop, trazendo uma Amazônia que é conectada com o agora, mas com os pés fincados nas nossas raizes, juntamente com Fafá de Belém, Felipe e Manoel Cordeiro, Dj Méury, Luiara Borari, Kaê Guajajara”, antecipa a paraense.

No espetáculo "Pororoca", Aíla é responsável pela curadoria e direção musical, onde abriu espaço para ecoar vozes dos artistas Amazônidas, juntamente com grandes nomes da música brasileira. A responsável pela curadoria de mais de 10 artistas visuais da Amazônia que estão presentes em Pororoca, é Roberta Carvalho, artista visual e diretora artística amazônida.

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