'Agora, a Amazônia está falando por si', diz Lula na Assembleia da ONU em Nova York
Presidente também cobrou cumprimento de compromissos de países desenvolvidos: 'A promessa da destinação dos 100 bilhões de dólares dos países ricos precisa deixar de ser uma promessa'
O combate ao desmatamento na Amazônia foi um dos temas abordados no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na manhã desta terça-feira (19). Na ocasião, ele também cobrou dos países desenvolvidos o cumprimento dos compromissos envolvendo a proteção ao meio ambiente.
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"O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si", declarou, citando a realização da Cúpula da Amazônia, em Belém, no último mês de agosto.
"Sediamos, há um mês, a Cúpula de Belém, no coração da Amazônia, e lançamos nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma. Somos 50 milhões de sul-americanos amazônidas, cujo futuro depende da ação decisiva e coordenada dos países que detêm soberania sobre os territórios da região".
Lula observou ainda que o diálogo com outros países detentores de florestas tropicais também foi aprofundado.
"Queremos chegar à COP 28, em Dubai, com uma visão conjunta que reflita, sem qualquer tutela, as prioridades de preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong a partir das nossas necessidades", disse.
"Sem a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade. A promessa da destinação dos 100 bilhões de dólares dos países ricos precisa deixar de ser uma promessa. Hoje esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares", continou.
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