CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Dia da Amazônia: moda regional transmite ancestralidade e sofisticação

Moda amazônica se destaca como preservação cultura e presença de elementos artesanais.

Bruna Dias
fonte

Nesta quinta-feira (05), é comemorado o Dia da Amazônia. Grande parte do bioma da maior floresta do mundo está no Pará. Essa imersão da natureza é refletida em vários setores econômicos e sociais, um deles é a moda.

A moda paraense transpira Amazônia, com as suas cores, tecidos, sementes, dentre outros. O maquiador e stylist Neto Navarro está há mais de uma década trabalhando nesse setor. Estudioso, o profissional paraense tem uma cartela de clientes locais e nacionais que se comunicam através da Amazônia. A cantora Zaynara e a produtora de conteúdo Dina Carmona são grandes representantes locais da cultura amazônida e fazem questão também de se comunicar através dos seus looks bastante regionais.

“As peças escolhidas para cada cliente são baseadas sempre no que ela quer passar e em que ocasião será usada, além claro, de ter também na linguagem e característica de cada pessoa. Depois disso, tudo é realizado com base em muita pesquisa, tanto cultural como de moda de uma forma generalizada, tento trazer essas duas referências que são importantes para o meu trabalho”, pontua Neto Navarro.

A moda não está apenas no vestir, mas em toda a forma de comunicação que ela transmite, como disse o stylist: “Sempre escolho peças com uma pegada bem amazônica, por uma questão de identificação mesmo que o meu trabalho me permite e foi um caminho que eu escolhi, trazer toda essa regionalidade, mas de uma forma diferente do que já é mostrado. Eu tento sempre tirar estigma caricato, dessa imagem folclórica e cheia de estereótipo que foi passado por anos”.

Além de toda a ancestralidade que envolve a moda da Amazônia, ainda tem um mercado que está curioso em conhecer cada vez mais esse setor.

“Ela é cheia de cores, sementes, madeira, os tecidos mais naturais, os bordados indígenas, os acessórios, etc. A gente tem uma diversidade de acessórios amazônicos, tanto com uma pegada mais rústica, quanto para os mais chiques e sofisticados. Dentro da minha visão, a gente abraça mais essa questão dos acessórios comparada às roupas. A moda traz mais essa naturalidade no look e investe mais nos acessórios. É uma característica que eu acho muito legal”, explica.

Dina Carmona tem como lema "Mulheres Fortes do Norte" e é dessa forma que seus conteúdos são produzidos. Atualmente ela se tornou uma influenciadora de moda.

“Já uso marcas paraenses há mais de cinco anos e tenho o meu propósito que é o meu projeto, que é um movimento não só de autoestima e empoderamento da mulher nortista, mas de representatividade. É um movimento de um posicionamento, de uma nova mentalidade. Sobre o branding, para mim comunicar o meu propósito antes do que eu fale é muito mais importante. Junta também a questão de valores. Essas marcas que fazem esse trabalho autoral têm essa valorização da nossa região e nossa cultura, isso tudo comunica com o meu propósito”, explica Dina.
 
A MODA NA PASSARELA
 
Nos dias 05 e 06 de setembro, às 19h, ocorre no Parque Shopping Belém, o evento de lançamento do Amazônia Fashion Week (AFW), que chega à 19ª edição. O evento principal ocorre em novembro. 

Para esse lançamento, a Costamazônia (Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia), promoverá desfiles com as marcas autorais que estão no line up do AFW. Na ocasião, elas vão apresentar coleções cápsulas, como uma prévia do que estará nas passarelas em novembro.  As marcas a desfilar são Amazônia Kãma, Amazônia Zen, Ludimila Heringer, HB Design, Costamazônia, Madame Floresta, Luxamazon, Rari, Lilia Lima e Jalunalé; além de um mix de lojas do shopping. A música paraense será a trilha sonora dos desfiles. 

“Vou apresentar no lançamento peças da coleção que fiz exclusiva para Pinga de São Paulo. Eu estou produzindo ainda a coleção para o desfile de novembro, mas posso adiantar que vai ser uma exaltação do Pará, valorizando a cultura e mostrando que também fazemos moda aqui”, explica Ludimila Heringer.

Com o tema “Negócios da Moda: cultura e conexão”, os desfiles do Amazônia Fashion Week têm como proposta apresentar a moda da vida real, consumida no varejo, em pequenas lojas ou em shopping centers. Por isso, os desfiles de lançamento da edição 2024 acontecem em um shopping center, demonstrando que há uma conexão entre o consumo de varejo e o de moda autoral, pois, de acordo com Felicia Maia, coordenadora geral do evento, “ambos os setores apresentam ao consumidor produtos que carregam as tendências e as características de universalidade”. 

O tema escolhido também se mostra relevante pois a moda é um setor que gera impactos positivos nos territórios, gera emprego e renda, além de criar negócios autorais que dinamizam econômica e socialmente esses territórios. 

Felicia Maia explica que na atualidade, a moda se solidifica como um meio de comunicação: “Ao lidar com questões culturais, a moda enfrenta desafios, como a apropriação cultural, o respeito à diversidade e a representatividade. Por isso, ao fazer a conexão entre cultura e consumo, é importante que os designers e marcas tenham sensibilidade para não utilizar elementos culturais de forma superficial ou desrespeitosa, mas sim valorizando as origens e promovendo inclusão”.

 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Moda e Beleza
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

MAIS LIDAS EM MODA

ÚLTIMAS EM MODA