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Maria Sylvia Nunes é homenageada como Professora Emérita da UFPA

Hoje aos 89 anos, ela foi pioneira no ensino de teatro em Belém e no Pará, fundadora e primeira diretora do Serviço de Teatro Universitário do Pará

Enize Vidigal
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Maria Sylvia Ferreira Nunes teve aprovado o título de Professora Emérita da Universidade Federal do Pará (UFPA), em reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da instituição, nesta quarta-feira, 17. Hoje com 89 anos e viúva do filósofo Benedito Nunes, Maria Sylvia é professora de teatro aposentada há muitos anos. Pioneira no ensino de teatro em Belém e no Pará, ela foi fundadora e primeira diretora do Serviço de Teatro Universitário do Pará (STUP), em 1962, que depois passou a chamar-se Escola de Teatro da UFPA e, atualmente, Escola de Teatro e Dança. Ali ela lecionou as disciplinas de História do Teatro, História do Espetáculo e Teoria do Teatro, além de ter inspirado e apoiado gerações de grupos artísticos não apenas no teatro, mas também na dança e na música.

Maria Sylvia entra para o hall de 49 professores eméritos da UFPA. A iniciativa partiu do reitor, professor Emmanuel Tourinho. O conselho, formado por 61 integrantes, aprovou o título por unanimidade, sob a relatoria da professora Jane Brandão. O memorial de Maria Sylvia foi elaborado com a colaboração da amiga pessoal Maria Regina Maneschy. Ao final da aprovação, o reitor e um grupo de amigos e professores da UFPA se dirigiram para a residência de Maria Sylvia Nunes para dar a notícia à nova benemérita. 

"Fiquei muito agradecida e contente, principalmente por saber que foi o primeiro título emérito da área das artes", declarou Maria Sylvia. "Fazer teatro nunca é solitário, mas é uma coisa de conjunto. Essa homenagem não só pra mim, mas para o conjunto de pessoas que trabalhou para fundar a Escola de Teatro e Dança da UFPA", afirmou. Além de Benedito Nunes, que participou da fundação da escola, ela citou também José da Silveira Neto, reitor da UFPA na época, além de Cláudio Barradas, Amir Haddad, Carlos de Moura, Yolanda Amadei, que foram os primeiros professores a participar daquele projeto pioneiro. "Todo mundo que fez teatro em Belém passou pela Escola e Teatro e Dança da UFPA".

Emmanuel Tourinho disse que o título é o reconhecimento à importante contribuição de Maria Sylvia, que foi muito importante para a UFPA e que se projetou para além da universidade. "A Escola de Teatro e Dança da UFPA foi responsável pela instituição de cursos na área das artes com ênfase ao teatro, mas não se limitou a isso. Foi muito importante para a formação cultural de muitas gerações do nosso estado. Ela é uma liderança intelectual, fonte de inspiração e referência acadêmica pela contribuição que sempre deu".

Antes da escola, Maria Sylvia fundou o grupo Norte Teatro Escola, junto com Benedito e a irmã dela, Angelita Silva, que participou de vários festivais a partir de 1958 e que encenou pela primeira vez "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, em 1959, em Belém. O espetáculo teve música do Maestro Waldemar Henrique e ganhou o primeiro prêmio de peça brasileira, o primeiro prêmio de música de cena e o primeiro prêmio de ator para Carlos Miranda, conforme recorda a professora no memorial do título emérito.

Maria Sylvia também foi uma das pioneiras da TV no Pará. Trabalhou na Marajoara, produzindo e adaptando clássicos do teatro para a TV. Atualmente, ela colabora como presidente do conselho da editora da UFPA. "Para a UFPA é uma alegria e uma honra prestar essa homenagem a Maria Sylvia Nunes, que engrandece a nossa instituição com a expressão que possui no mundo acadêmico e também no meio artístico no Pará".

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Cultura
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