Influenciador paraense é alvo de fake news sobre furto em farmácia; entenda

De acordo com boletim de ocorrência, Fernando Braga, de 31 anos, foi acusado indevidamente e não cometeu nenhum delito

Hannah Franco
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O influenciador e modelo Fernando Braga, de 31 anos, se tornou alvo de acusações falsas divulgadas em perfis de fofocas nesta quinta-feira (28). A fake news afirmava que o influenciador teria furtado uma farmácia em Belém, com base em um vídeo das câmeras de segurança que mostrava Fernando escolhendo produtos nas prateleiras enquanto era observado por seguranças do local.

Em resposta às acusações, Fernando utilizou suas redes sociais para se defender e desmentir as alegações infundadas. Em entrevista ao portal OLiberal, ele explicou o contexto do vídeo compartilhado pelos perfis de fofocas e uma blogueira conhecida. "Nas filmagens não tem aparecendo absolutamente nada. Só tem eu pegando o produto de uma gôndola e indo para outra, onde estava o pó descolorante", esclareceu.

Indignado com as falsas acusações, o influenciador disse que o objetivo das postagens difamatórias era manchar sua reputação, mas que possui provas que não cometeu nenhum furto. O gerente e o segurança do estabelecimento acompanharam Fernando até a delegacia para explicar a situação e afirmaram que o acusado não havia cometido nenhum delito, como consta no boletim de ocorrência.

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Diante da repercussão negativa, o influenciador retornou à farmácia para confrontar a situação e compartilhou o ocorrido em seus stories do Instagram, que foram posteriormente excluídos. Em meio à tensão, ele expressou sua frustração diante da velocidade com que informações falsas podem se espalhar na internet. "A cabeça da pessoa vai à loucura, né? Eu tava muito nervoso, muito angustiado, e por isso eu fui na farmácia, filmei tudo, entrei lá fazendo um escândalo, porque é um 'bagulho' muito doido a internet", disse.

O influenciador destacou que as imagens publicadas na internet não apresentam evidências de furto e que a observação do segurança é um "procedimento normal" da farmácia. Fernando também revelou que os responsáveis pelos perfis que propagaram as falsas acusações pediram desculpas e deletaram os posts, enquanto os que não o fizeram serão alvo de ações judiciais.

image Perfis de fofocas e uma blogueira conhecida de Belém divulgaram as imagens da câmera de segurança afirmando que o influenciador havia furtado a farmácia. (Reprodução/Instagram)

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Segundo o relato de Fernando, as imagens foram vendidas aos perfis de fofoca a partir de duas funcionárias da farmácia que não deveriam acessar o sistema de segurança. O boletim de ocorrência inclui a identificação dessas funcionárias e detalha que a fake news está "fazendo mal" ao influenciador, que "teme pela sua segurança, além da sua saúde mental que está abalada, visto que nunca foi acusado de nenhum crime".

O segurança presente nas filmagens não está incluído no boletim de ocorrência, sendo o processo direcionado à empresa, às funcionárias e aos perfis de fofocas específicos envolvidos na divulgação das imagens falsas.

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Caso Jéssica Vitória e a regulação das redes sociais

Recentemente, um caso evidenciou os perigos das fake news nas redes sociais. A tragédia envolveu a jovem Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, cuja morte foi associada a uma notícia falsa veiculada em um perfil de fofoca no Instagram. O perfil "Choquei", com mais de 22 milhões de seguidores, divulgou prints falsos de conversas entre Vitória e o humorista Whindersson Nunes. As publicações infundadas geraram uma onda de comentários negativos e críticas direcionadas à jovem, que, alguns dias após o ocorrido, foi encontrada morta.

Após a repercussão do caso, artistas se uniram para condenar o perfil Choquei e a prática irresponsável de divulgar informações sem devida verificação, algo comum em perfis de fofocas nas redes sociais. Especialistas falaram sobre a necessidade de regulação das redes sociais e Whindersson, diretamente afetado pela situação, se comprometeu a mobilizar esforços em prol da criação de uma lei mais rígida para fiscalizar o que ele chamou de "jornalismo não oficial". A proposta é direcionada para conter a disseminação irresponsável de informações falsas.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com)

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