“Não podemos retroceder”, diz Fafá de Belém sobre legado do Papa Francisco
Cantora, que cantou para o pontífice em 2013, relembra última bênção de Francisco e destaca sua luta por justiça social, inclusão e reencontro com o povo
A cantora Fafá de Belém se manifestou com emoção após a notícia da morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21). A artista, que teve a oportunidade de cantar para o pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro, compartilhou seu sentimento de luto pela perda do papa.
“E hoje eu acordei impactada, como toda a comunidade cristã católica do mundo. Ontem o Papa Francisco faz questão de dar a bênção da Páscoa, passear entre os fiéis no Papa móvel, é francamente muito debilitado, aparentemente muito debilitado, mas ele não deixou de dar essa última bênção. E a gente acorda hoje nesse estado de tristeza, perda, insegurança, quem será o próximo Papa?”, disse Fafá.
A cantora destacou o papel histórico de Francisco dentro da Igreja e a continuidade de um movimento iniciado por outros líderes católicos. “Francisco abriu todas as portas, começaram a ser abertas por João Paulo II, que foram um pouco mais escancaradas por Papa Bento XVI, e Francisco, latino e com esse temperamento único dele, traz para nós de volta a casa de Deus, o amor de Jesus Cristo por toda a humanidade”, afirmou.
Ela também ressaltou a coragem do pontífice e sua mensagem de inclusão. “Corajoso, sempre muito ciente de cada passo que estava dando, de reencontro com o seu povo, independentemente de muito preconceito que nos foi imposto por outros signatários da igreja católica. Para Francisco é a liberdade, é o abração a todos. Papa Francisco é a abertura das portas da igreja para todos os cristãos, todos os católicos”, comentou.
Fafá ainda relembrou a última aparição do papa. “Papa Francisco, a voz potente, ontem na sua última aparição, pediu que olhássemos para Gaza. Me preocupa o que virá, mas não podemos retroceder, não podemos deixar a igreja retroceder.”
Por fim, a cantora reforçou a importância do caminho deixado por Francisco: “Acredito que o conclave estará reunido para discutir a sequência do caminho de Francisco. Muito difícil, muito delicada, porque Francisco, o Jorge Bergoglio foi único, mas abriu a caminhada e abriu o caminho, caminho esse da qual o povo católico não pode recuar. Viva para a Francisco. Oremos para a decisão do conclave”, finalizou.
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