Ato homenageia e pede justiça para a morte de venezuelana morta no AM
Julieta Hernández Martínez, 38 anos, foi morta enquanto viajava de bicicleta pelo Amazonas
Vários coletivos de cultura, artistas e política se reuniram em um ato de homenagem à artista circense Julieta Hernández Martínez, 38 anos, na noite desta sexta-feira (12), em Belém. O grupo se concentrou na frente do Teatro Waldemar Henrique, local onde a palhaça “Jujuba”, como era conhecida, se apresentava na capital paraense. Vestidos de palhaços, os participantes realizaram várias apresentações. Além disso, dois grupos de ciclistas saíram de São Brás até a Praça da República.
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Para Romana Melo, que era amiga de Julieta, o ato representou um sentimento de luta. “Isso não pode mais acontecer. Não podemos mais ser mortas por sermos mulheres. Então é justiça. Honrar a presença da Julieta aqui, o quanto que a arte dela salvou vidas, quando ela chegou em comunidades muito carentes, comprou leite para crianças com fome, levando um pouquinho da alegria que ela podia doar, enquanto artista, mulher e pessoa livre”, declarou.
“A Julieta era uma pessoa de luz, com muita energia e potência. Uma mulher de muita presença física, serenidade e doçura. Não tinha como a gente não se encantar”, relembrou.
Entenda o caso
A artista venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, 38 anos, foi agredida, roubada e abusada sexualmente antes de ser morta, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), na semana passada, durante uma coletiva de imprensa. Dois suspeitos de participação no crime foram presos.
Há dois anos, a cicloviajante Julieta Martínez deixou o Rio de Janeiro com o intuito de atravessar o Brasil até chegar à cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela, onde sua mãe mora.
No entanto, durante a sua passagem pelo Amazonas, a artista venezuelana não entrou mais em contato com amigos ou familiares, o que despertou a atenção das autoridades. Segundo a Polícia Civil do estado, Julieta Martínez desapareceu no último dia 23 de dezembro, no município de Presidente Figueiredo, cerca de 120 quilômetros de Manaus.
De acordo com o delegado titular de Presidente Figueiredo, Valdinei Silva, Julieta teria informado a amigos que iria dormir no município no dia do seu desaparecimento. Contudo, as investigações apontaram que ela tentou pernoitar em duas pousadas, mas sem sucesso.
A artista então teria seguido para casa onde o casal suspeito do crime morava. E foi lá que o crime ocorreu, segundo a polícia.
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