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Por Marco Antônio Moreira

Coluna assinada pelo presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), membro-fundador da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE) e membro da Academia Paraense de Ciências (APC). Doutor em Artes pelo PPGARTES/UFPA; Mestre em Artes pela UFPA. Professor de Cinema em várias instituições de ensino, coordenador-geral do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), crítico de cinema e pesquisador.

Amazônia (Fi) Doc – Festival Pan-Amazônico de Cinema 2022

Marco Antonio Moreira

Depois de dois anos de pandemia com edições realizadas de modo-on line o festival Amazônia Doc retorna este ano com sessões presencias cumprindo sua missão de aproximar o público dos realizadores da Pan- Amazônia por meio de filmes documentários e ficção. O Amazônia Doc foi idealizado em 2009 pela produtora, roteirista e cineasta Zienhe Castro e teve sua primeira edição nesse ano realizando um trabalho pedagógico de exibir produções de vários países pan-amazônicos como Brasil, Peru, Colômbia, Equador e Bolívia para diversos públicos.

Participo como um dos curadores deste festival desde sua primeira edição e tenho intensa satisfação em colaborar, pois assistir diversos filmes inscritos comprova a potencia artística realizadora de vários cineastas que, apesar das várias dificuldades de realização, conseguem superar os problemas e produzir filmes interessantes e relevantes para a cultura cinematográfica.

Sou profundo admirador de mostras e festivais. Existem muitos filmes que não conseguem ser distribuídos e exibidos nos cinemas mundiais e essas ações culturais são fundamentais para a divulgação e conhecimento do trabalho de diretores que possuem preocupações com temas sociais, culturais, indígenas, entre outros assuntos relevantes e fundamentais para se entender e transformar a sociedade contemporânea.

O gênero documentário tem grande importância para gerar reflexões nos espectadores sobre os problemas de um país e, felizmente, no Brasil e países pan-amazônicos, é possível encontrar ótimos exemplos de artistas compromissados com seu tempo e com possibilidades de avanços em uma sociedade problemática, a partir de pensamentos estimulados por seus filmes. O cinema brasileiro, por exemplo, tem a obra de Eduardo Coutinho como referência essencial para o entendimento da relevância desse gênero.

A edição 2002 do Amazônia Doc apresenta 35 filmes selecionados que serão exibidos entre 10 a 20 de novembro, no Cine Líbero Luxardo. O trabalho e avaliação da curadoria do festival iniciou a partir da inscrição de 848 filmes entre longas e curtas metragens com produções brasileiras e de diversos países incluindo Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela. Na edição deste ano foram aprovadas inscrições da Espanha, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, pois os filmes inscritos estavam vinculados com cineastas amazônicos radicados nesses países.

As mostras competitivas Amazônia Legal e Pan-Amazônica com curtas e longas-metragens, em cada categoria, apresentam os prêmios de melhor filme pelo Júri oficial, melhor filme pelo voto popular e um prêmio de Honra ao Mérito para ambas as categorias, de acordo com o Júri Oficial.

Noites Alienígenas de Sérgio de Carvalho realizado no Acre e vencedor do prêmio de melhor filme do Festival de Gramado deste ano foi exibido na abertura do Amazônia (FI) Doc, em sessão que contou com a presença do diretor e alguns membros da sua equipe de produção.

Participe e procure prestigiar toda a programação do Amazônia (Fi) Doc 2020 que inclui exibição de filmes, oficinas, palestras e workshops sobre cinema.

Confira a lista dos selecionados do Amazônia (Fi) Doc 2022:

Mostra Competitiva Amazônia Legal

Curtas-metragens: O filho do homem | Brasil – PA, Centelha | Brasil – AC, Jamary | Brasil – AM, Utopia | Brasil – AP, KARAIW A’E WÀ | Brasil – MA, Um céu partido ao meio | Brasil – PA, Vem Pilum: A história do dilúvio | Brasil – PA, Iauaraete | Brasil – PA.

Longas-metragens: Dona Raimundinho do Rio Tajapuru | Brasil – PA, No vazio do ar Brasil – PA, Onde fica Nova Esperança? | Brasil – PA, Uyra, a retomada da floresta | Brasil, Os devotos de São Sebastião | Brasil – PA, Pistolino e o filme que não acaba nunca | Brasil – AM, Maria e Zé Cláudio | Brasil – PA.

Mostra Competitiva Pan-Amazônica

Curtas-metragens: Tecido, Sigiloso | Brasil – RJ, Benzedeira | Brasil – PA, Airão Velho, Sayonara | Brasil – AM, A máquina e a melodia | Peru, Itinerário de cicatrizes | Brasil – MT, Ava Kuña, Aty Kuña - Mulher indígena, Mulher política | Brasil – SP, Deus me livre | Brasil – PR, Shirampari: A herança do rio | Peru, Não olhe para trás | Brasil – RJ, A nós, solitários | Brasil – SP, Mar de azul | Venezuela | 8’30”, O ovo | Brasil – BA.

Longas-metragens: Segredos de Putumayo | Brasil – AM, Noites alienígenas | Brasil – AC, Amazônia, a nova Minamata? | Brasil – SC, Samichay, em busca da felicidade | Peru, A garota invisível | Peru, Tudo é rio | Brasil – TO, Seja água- Do Andes à Amazônia | Bolívia.

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