Vice-diretora geral da OMS rebate Bolsonaro sobre relação entre HIV e vacinas anticovid

A declaração da especialista veio após o presidente Jair Bolsonaro associar a vacinação contra a covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids

O Liberal
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A vice-diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, afirmou que não existe nenhuma relação entre o HIV e as vacinas anticovid. A afirmação foi feita na terça-feira (25), durante uma entrevista à CNN, e veio após Jair Bolsonaro associar a vacinação contra a covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids. A declaração, feita nas tradicionais lives do presidente, foi excluída do Facebook, Instagram e Youtube por conter informações falsas e, segundo o vice-presidente da CPI da pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-Ap), entrará para o relátorio final da comissão. As informações são da CNN.

“Não há nenhuma relação entre a infecção pelo HIV e as vacinas. Uma das coisas que têm caracterizado essa pandemia não é só a politização, mas a infodemia, que é uma epidemia de informações errôneas, falsas e desencontradas e que acabam criando insegurança nas pessoas”, disse a vice-presidente da OMS.

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“O HIV e SARS-CoV-2 são vírus que funcionam de forma diferente e têm transmissão diferente. Um é via sexual [sem preservativos] e o outro é via respiratória. As manifestações clínicas também são diferentes, uma causa doença crônica e que precisa tratamento continuado e outra causa uma doença aguda”, finalizou. 

Na segunda-feira (25), em uma entrevista à rádio Caçula FM, de Três Lagoas (MS), Bolsonaro falou sobre a declaração feita na live. "Na segunda-feira (18), a revista Exame fez uma matéria sobre vacina e Aids. Eu repeti essa matéria na minha live e a Exame falou de Fake News. Foi a própria Exame que falou da relação de HIV com vacina. Eu apenas falei sobre a matéria da revista Exame. E dois dias depois a Exame me acusa de ter feito Fake News sobre HIV e vacina. A gente vive com isso o tempo todo… certos órgãos de imprensa são fábricas de Fake News”, declarou ele. 

A revista exame informou que não se posicionará sobre a declaração do presidente.

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