Veja a partir de quando a população do Pará deve começar a diminuir, segundo IBGE
Dados do IBGE apontam que efeito será percebido em todas as unidades da federação, menos em Mato Grosso
Uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (22/8) estima que a população do Pará começará a reduzir a partir de 2048, saindo de em média 9 milhões para 8 milhões até 2070. Os mais de meio milhão de paraenses a menos serão reflexo de fatores como taxas de fecundidade mais baixas e um fluxo migratório intenso. O levantamento utiliza dados dos censos demográficos mais recentes, da série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974), do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde.
Entre os fatores que levam a essa redução, a taxa de fecundidade é a principal, seguida da migração de pessoas para outros estados. O estudo identificou que na série de 2000 a 2023, a taxa de fecundidade caiu de 2,32 para 1,57 filho por mulher, e deve recuar até 1,44 em 2040, quando atinge seu ponto mais baixo.
Em todo o país, a região norte apresentou uma das taxas de fecundidade mais altas em 2023, com 1,89. Agora, o IBGE projeta uma queda desse índice, que deve chegar a 1,49 até o ano de 2070. No Brasil, a população atingirá seu contingente máximo até 2041, chegando a 220.425.299 habitantes, após essa máxima a previsão é de redução gradual até alcançar o valor mínimo estimado em 199.228.708 habitantes até 2070.
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A gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, explica que a redução da taxa de fecundidade acontece desde 1960. “Vários fatores contribuíram para isso, como a urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade feminina, além da popularização da pílula anticoncepcional. Com isso, as taxas de fecundidade recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os patamares atuais”, explica.
A entidade indica que todos os estados brasileiros serão afetados, sendo Rio Grande do Sul (RS) e Alagoas (AL) os primeiros a sentirem a redução populacional. Nesses dois, a diminuição deve iniciar nos próximos três anos, segundo o IBGE. Seguidos pelo Rio de Janeiro que apresenta uma estimativa parecida, com a redução populacional prevista para 2028 e o Maranhão a partir de 2034. Na análise da região norte, os estados do Amazonas e Roraima serão os últimos a sentirem a inflexão, com projeções para 2054 e 2064 respectivamente. O levantamento aponta o estado do Mato Grosso como a única exceção em todo o território nacional, que não deve apresentar uma inflexão no crescimento populacional até 2070.
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