Saiba o que é o 'desafio do desodorante' do TikTok, prática que matou criança em Salinas
Até 2021, cerca de 27 crianças e adolescentes morreram no Brasil, vítimas dos desafios compartilhados nas redes sociais
Um adolescente de 12 anos morreu na tarde desta quarta-feira (31), em Salinópolis, nordeste do Pará, supostamente após participar do “desafio do desodorante”. Iarlen Augusto Santa Brigida da Silva foi encontrado desacordado pela própria avó, levado ao pronto socorro da cidade, mas não resistiu. Segundo a família, o garoto teve uma parada cardíaca.
Não é a primeira vez que brincadeiras viralizam na internet vitimam o público infantojuvenil. De acordo com dados do Instituto Dimicuida, pelo menos 27 crianças e adolescentes morreram no Brasil até 2021 ao tentarem os "jogos perigosos" compartilhados nas redes sociais.
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Em 2017, um dos desafios mais lembrados é o jogo chamado “Baleia Azul” que recomendava automutilações e até suicídios para crianças. Já em 2019, o “Desafio Momo” deixou pais e responsáveis em alerta por conta de um vídeo que inicialmente até parecia ser inofensivo, mas que, após alguns minutos, mostrava o personagem Momo ensinando como as crianças deviam fazer para cortar os pulsos.
Situações desse tipo estão presentes em todas as redes sociais e com o precoce acesso à internet, o cuidado precisa ser redobrado para que tragédias possam ser evitadas. Confira como funciona o desafio do desodorante, quais os riscos e como evitar:
O que é o 'desafio do desodorante'?
Essa "brincadeira" consiste em desafiar os participantes da seguinte forma: ganha quem conseguir inalar a maior quantidade do aerossol e por mais tempo. A composição do produto é altamente tóxica para o corpo, por conter substâncias químicas como álcool e alumínio.
Além da asfixia, a inalação dessas substâncias podem ocasionar graves lesões no pulmão e dependência. Por desconhecerem os reais danos ao corpo e a alta letalidade desse desafio, crianças e adolescentes são os principais alvos.
Para incentivar o uso consciente e saudável das redes sociais, algumas dicas podem ajudar a preservar o bem estar da família, como responsáveis atentos ao que é consumido nos meios tecnológicos; conversas sobre o quão perigoso essas brincadeiras podem ser e analisar os conteúdos disseminados pelas redes.
(Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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