São Paulo completa 470 anos como metrópole atraente, mas 60% dos moradores desejam deixar a cidade

São Paulo, a maior metrópole do Brasil, com uma população de 11,5 milhões de habitantes, celebra seu aniversário de 470 anos nesta quinta-feira (25). Apesar de historicamente atrativa, a cidade enfrenta um paradoxo, já que a maioria de seus residentes expressa o desejo de deixá-la, segundo pesquisa.

De acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pela Rede Nossa São Paulo, 60% dos paulistanos manifestam o desejo de se mudar. Esse cenário persiste desde 2009, quando 57% expressaram o mesmo desejo. O coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, destaca que, embora a cidade ofereça oportunidades em trabalho, cultura e educação, a maioria dos moradores acaba enfrentando problemas como trânsito, dificuldades habitacionais e violência.

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Democratização da cidade pode ser chave para mudança

Para Abrahão, a solução para reverter essa tendência está na democratização da cidade, com maior participação popular nas decisões que moldam seu destino. Ele ressalta a importância de pensar em descentralização, redução de desigualdades e fortalecimento da democracia.

A pesquisa também revela que, apesar da necessidade de maior participação popular, 65% dos paulistanos afirmam não ter vontade de se envolver na vida política da cidade. No entanto, Abrahão vê uma oportunidade nesse cenário, destacando que 8% da população expressa um forte desejo de participação, o que equivale a cerca de 1 milhão de pessoas.

O coordenador sugere que a Câmara dos Vereadores e a prefeitura vejam esse grupo como uma oportunidade para abrir novos espaços de participação popular, aproximando a política da sociedade e contribuindo para decisões mais representativas. Abrahão acredita que essa abertura pode gerar uma conexão significativa entre a política e a sociedade, representando um caminho crucial para o avanço da cidade.

Além disso, a pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo em dezembro de 2023 revela que 30% da população percebe uma melhoria na qualidade de vida nos últimos 12 meses, enquanto 47% acreditam que permaneceu estável e 22% afirmam que piorou.