Queiroga descarta antecipar 3ª dose; OMS vê risco de avanço da Ômicron

Medida é cogitada, por exemplo, no Reino Unido

Agência Estado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou nesta segunda-feira, 29, que a variante Ômicron do coronavírus, descoberta na África do Sul, não será diferente de outras já identificadas. O titular da pasta federal disse que a vacinação é a melhor estratégia contra a covid-19, mas descartou antecipar o intervalo entre a 2ª dose e o reforço, hoje estipulado em cinco meses.

A medida é cogitada, por exemplo, no Reino Unido. Também nesta segunda, o governo anunciou a assinatura de novo contrato com a Pfizer para a compra de mais 100 milhões de unidades do imunizante em 2022.

"Não se pode querer uma ciência self service. Para umas coisas, se quer evidência científica de nível A. Para outros, não tem evidência, só a opinião de um secretário municipal. Não pode ser assim", criticou ele, em evento na capital baiana nesta segunda.

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta segunda que a Ômicron apresenta "risco global alto", mas destaca haver incertezas sobre a ameaça real. A cepa motivou alerta diante do alto número de mutações, mas cientistas afirmam que ainda é preciso investigar se ela tem a capacidade de maior transmissão e de escapar da proteção da vacina.

Queiroga afirmou ter conversado com Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a variante e que não vê perspectiva de "retrocessos" no País em relação às primeiras e segundas ondas da pandemia, mais letais.

"Não achamos que vai ser diferente das outras variantes. A resposta é a vacinação. Temos um sistema de saúde capaz de dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade maior", declarou. Ele ainda pregou que, apesar de ter sido classificada como variante de preocupação pela OMS, a Ômicron não deve ser encarada como "variante de desespero".

"O Ministério da Saúde está vigilante e preparado para essas novas demandas. Pode surgir variante em qualquer lugar. Os cuidados são os mesmos adotados desde o início da pandemia", acrescentou Queiroga. O Brasil investiga um caso suspeito de infectado pela Ômicron, mas aguarda resultados dos testes.

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