Psicóloga mantida em cárcere privado pelo marido é resgatada após enviar mensagem à PM
A mulher disse que era obrigada a tomar remédios que as deixavam dopada
Uma psicóloga foi resgatada pela Polícia Militar nesta segunda-feira (20), depois de ser matida em cárcere privado por dois dias pelo companheiro. A vítima relatou que sofria agressões físicas e que vivia sob ameaças do marido. Além disso, ela disse que era obrigada a tomar remédios que a deixavam dopada.
A mulher conseguiu enviar uma mensagem por aplicativo a um número privado de um policial e relatou que precisava de ajuda. No texto, a mulher ela disse que, se um policial aparecesse com farda, o companheiro iria matá-la, pois dizia ter uma arma dentro de casa. Por isso, pediu a presença de uma mulher sem a farda da PM e que, para não levantar suspeitas do agressor, a policial deveria dizer que gostaria de tratar sobre uma consulta com a psicóloga. Leia a mensagem na íntegra:
"Preciso de ajuda, não posso falar muito. Estou sofrendo agressões físicas, ele me tranca e dopa. Não posso trabalhar. Porém, se aparecer alguém fardado ele me mata, diz ele que tem uma arma dentro de casa. Poderia vir uma mulher policial sem farda e me chamar. Tenho câmera, então o carro da polícia não pode aparecer. Não responda essa msg. Ele está super agressivo. Se ele desconfiar ele me mata. Socorro! Diga que veio conversar sobre uma consulta”, dizia a mensagem.
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Com o pedido de ajuda, a Polícia Militar acionou uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) para fazer as negociações e profissionais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).
Assim que a vítima viu as equipes, conseguiu sair da casa e foi até os policiais. A partir daí, a PM, o Bope e a Rotam entraram na residência e conseguiram deter o homem.
Dentro da residência foram encontrados dois canivetes que a mulher disse serem usados para frequentes ameaças, remédios que seriam utilizados para dopar a vítima e um celular.
A vítima foi encaminhada a uma unidade de saúde para a realização de um laudo médico e o homem foi autuado em flagrante por violência doméstica e cárcere privado. A Polícia Civil investiga o caso.
(Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com).
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