Homem agride esposa após ela se recusar a lavar louça
Vítima afirma que era impedida de ver os familiares há anos
Um homem, de 32 anos, foi preso, na noite de domingo (29), após agredir a companheira por ela ter se recusado a lavar a louça. William Booner da Silva foi autuado por lesão corporal qualificada na forma da Lei Maria da Penha. O caso aconteceu em Vila Velha, Espírito Santo.
VEJA MAIS
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima, de 28 anos, foi atingida por um porta-incenso. No atendimento à ocorrência, a mulher, que é operadora de caixa, tinha um machucado no olho esquerdo. A identidade da vítima não foi revelada.
O suspeito justificou aos policiais que houve agressão mútua e que a mulher "o perturbou o dia inteiro". Já a vítima diz que foi impedida pelo agressor de ver a família há anos e disse já ter sido violentada por ele outras vezes.
Ela também contou que o suspeito lançou perfume contra o rosto dela, para machucá-la. A filha da mulher, de três anos, presenciou toda a cena.
"Ele falou assim: 'Vai lavar a louça agora. Não quero ouvir sua voz'. Eu falei: 'Não, não vou lavar a louça agora. Vamos conversar'. Nesse bate-boca, ele jogou o porta incenso de madeira, pequeno, na minha direção, e aí bateu no meu olho", relatou a vítima.
Durante a confusão, a operadora de caixa se trancou no banheiro e ligou para a polícia. Ela chegou a ser encorajada por uma vizinha a abrir medida protetiva contra o homem. "Ele me batia na cara. Quando eu tinha de quatro para cinco meses de gravidez, tentou me enforcar. Eu quero, agora, paz. Criar a minha filha na paz, ter o meu serviço de volta e voltar a ser feliz", destacou a mulher.
A mãe da vítima, que também não será identificada, afirmou que só conheceu a neta no final do ano passado, poucos antes do Natal. "Agora, a gente espera ter sossego", desabafou.
A Polícia Civil disse que o suspeito de 32 anos, conduzido à Delegacia Especializada de Plantão Especializado da Mulher (PEM), foi autuado em flagrante por lesão corporal qualificada na forma da Lei Maria da Penha e encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA