Polícia investiga furto de Césio 137 em MG; elemento causou o maior acidente radioativo do mundo
O elemento é considerado altamente perigoso para humanos, causando danos, inclusive, a plantas, solo e animais
A Polícia Civil investiga uma ocorrência de furto de duas fontes de Césio-137 de uma mineradora em Minas Gerais, que sumiram desde o dia 29 de junho.
Apesar de conter o elemento altamente perigoso, a mineradora AMG, responsável pelo trabalho envolvendo o isótopo afirma que as fontes estão com a qualidade protetiva em dia, mas que qualquer manuseio errado pode acarretar em riscos à saúde.
VEJA MAIS
O que são as fontes de césio 137
As fontes furtadas são duplamente encapsuladas com aço inixidável e blindadas em aço inox, resistente ao impacto. Com isso, a classificação de risco é de cinco, o que é considerado baixo.
Segundo a mineradora, quando estas fontes são utilizadas em medidores de densidade de polpa, elas não apresentam riscos, mas é preciso ter cuidado.
Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), apesar de se tratar de Césio-137, as fontes tem atividade cerca de 300 mil vezes menor do que as que acarretaram no acidente em Goiânia.
O maior acidente radiológico do mundo
Em setembro de 1987, ocorreu em Goiânia o maior acidente de radiação do mundo fora de uma usina nuclear. Dois catadores de recicláveis acharam um aparelho abandonado, desmontaram e o venderam a um ferro-velho.
Considerado altamente radioativo, o pó azul que ficava no equipamento causou a morte de quatro pessoas e contaminou, pelo menos, 249 pessoas da região.
As partículas começaram a se espalhar com o vento, contaminando, além de pessoas, o solo, plantas e animais.
Os intoxicados apresentaram sintomas como diarreia, náuseas, tontura e vômito. Em casos mais graves, os contaminados tiveram hemorragia interna e danos em vários órgãos vitais.
Cinco pessoas foram condenadas por homicídio culposo por conta do descarte inapropriado do material radioativo.
*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA