PF abre inquérito para investigar entrada de joias recebidas pelo governo Bolsonaro
A investigação foi solicitada pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
A Polícia Federal abriu um inquérito, na noite desta segunda-feira (6), para investigar investigar a entrada do pacote de joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, entregue pela Arábia Saudita ao casal Jair e Michelle Bolsonaro. A investigação, que está sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários de São Paulo, foi solicitada pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Além disso, em uma reunião com representantes da Receita Federal, o Ministério Público Federal (MPF) pediu mais informações sobre a apreensão das joias, que supostamente seriam um presente da família real saudita para Bolsonaro e sua esposa Michelle Bolsonaro. A procuradoria pediu "todas as informações disponíveis" para analisar o caso.
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As joias, que incluem um colar, brincos, anel e relógio de diamantes, foram encontradas na mochila de um funcionário do Ministério de Minas e Energia no Aeroporto de Guarulhos, após uma viagem ao Oriente Médio. Elas foram apreendidas porque não foram declaradas ao Fisco, o que é obrigatório para bens com valor superior a US$ 1.000.
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o governo Bolsonaro fez pelo menos quatro tentativas de recuperar as joias sem pagar impostos de importação e multa. Oficiais do Ministério de Minas e Energia, o Itamaraty, servidores da Presidência e a chefia da Receita Federal foram envolvidos nas tentativas.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro negou saber do presente, enquanto Bolsonaro disse que não houve irregularidade no episódio. Ex-integrantes da gestão Bolsonaro alegam que o governo pretendia recuperar as joias para que elas fossem destinadas ao acervo oficial da Presidência. No entanto, a Receita Federal afirmou que isso exigiria "pedido de autoridade competente, com justificativa da necessidade e adequação da medida".
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