PF abre inquérito para apurar ameaças a diretores da Anvisa
Uma das mensagens afirmava que liberar vacina para crianças era uma ameaça ao filho, que seria punida coma morte
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as ameaças de morte enviadas aos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em razão de eventual aprovação das vacinas contra a covid-19 para crianças. A investigação foi instaurada pela unidade da corporação no Distrito Federal.
A apuração se debruça não só sobre as primeiras ameaças feitas aos diretores, no último dia 28, mas também sobre aquelas relatadas pela Anvisa nesta quarta-feira, 3. Na primeira ocasião, um homem do Paraná foi identificado como autor do e-mail que ameaçava os diretores da agência.
Na primeira ameaça enviada aos diretores da Anvisa, o campo de assunto da mensagem registrou: "Homeschooling x "Vacinas" para infantes - notificação de estabelecimento". O texto também foi enviado a endereços gerais de diretorias da agência e a instituições escolares do Paraná
O autor do e-mail dizia que caso houvesse aprovação da Anvisa para vacinação de crianças contra a covid-19, retiraria seu filho da escola. A mensagem trazia a afirmação mentirosa de que os imunizantes seriam experimentais e registrava: "Deixando bem claro para os responsáveis, de cima para baixo: quem ameaçar contra a segurança física do meu filho: será morto."
Anvisa encaminhou o nome e o CPF do autor da mensagem ao Ministério Público Federal, à Promotoria do Paraná, às secretarias de Segurança do Estado e do Distrito Federal, aos ministérios da Justiça, da Saúde e da Casa Civil, ao Supremo Tribunal Federal e às presidências do Senado, da Câmara e da República.
Nesta quarta, 3, o órgão informou que recebeu no último dia 29 um segundo e-mail, desta vez anônimo, com ameaças a servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares. O órgão notificou as mesmas autoridades que foram acionadas quando houve o primeiro episódio.
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