PCC desembolsou mais de R$ 1,2 milhão no plano para matar Moro e outras autoridades
Documentos obtidos pela PF apontam aluguel de imóveis, gastos com alimentação, combustível e pedreiro para construir o cofre onde seriam escondidas armas
Documentos obtidos pela Polícia Federal (PF) mostram a organização do Primeiro Comando da Capital (PCC), que controlava todos os gastos relativos ao plano para matar autoridades, entre elas o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil). De acordo com relatório elaborado pelo Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise), assinado pelo delegado Martin Bottaro Purper, o valor desembolsado para executar o plano ultrapassa R$ 1,2 milhão, considerando itens como aluguel de imóveis, gastos com alimentação, combustível e pedreiro para construir o cofre onde seriam escondidas armas.
Os dados estavam em diferentes celulares e endereços de e-mail e foram colhidos após informações de uma testemunha que seria ex-integrante da facção e decidiu delatar os antigos comparsas após ser jurado de morte. Essa testemunha afirma que os registros estariam ligados a Janeferson Aparecido Mariano Gomes, apontado pela PF como chefe da célula que vinha arquitetando os atentados contra Moro e outras autoridades.
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As investigações da PF apontam que integrantes do PCC já haviam dado início à execução do plano para sequestrar Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
Os criminosos chegaram a alugar imóveis na rua do senador e a seguir a família do ex-juiz desde, pelo menos, janeiro deste ano. Devido ao risco de atentado, Sergio Moro e seus familiares já estavam com escolta da Polícia Militar do Paraná.
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