'Parece que quem tirou a vida dela fui eu', diz mãe de menina estuprada e morta por parente

A menina Kemilly Hadassa Silva, de apenas 4 anos, foi estuprada e morta pelo primo, de 22 anos, que confessou o crime

Carolina Mota

A mãe de Kemilly Hadassa, de apenas quatro anos, contou, na última terça-feira (12), que se sente culpada pela morte da filha. A menina foi estuprada e morta pelo primo, de 22 anos, que confessou o crime.

“Eu sei que eu errei, não precisa ninguém me condenar, porque a minha consciência me condena. Tenho que continuar pelos meus outros filhos, mas por mim eu nem estaria mais aqui”, contou Suellen da Silva Roque, mãe da menina, ao jornal O Globo.

Suellen alegou que têm sofrido críticas sobre o fato de ter deixado a menina sozinha e diz que isso a deixa ainda mais angustiada. "Parece que a culpada sou eu, que quem tirou a vida da minha filha fui eu. Se não tivesse gente no quintal (os parentes dela), eu juro que eu não tinha deixado os meus filhos sozinhos, eu nem ia para a praça, eu ficaria com as minhas amigas sentada lá embaixo”.

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O crime

Kemilly Hadassa Silva dormia com outros irmãos, de sete e oito anos, na casa onde moram, quando foi sequestrada na madrugada do sábado (09). O corpo dela foi encontrado no dia seguinte, em um saco de ração na beira de um valão. O principal suspeito, primo da mãe da menina, Reynaldo Rocha Nascimento, de 22 anos, confessou ter violentado e esquartejado a pequena Hadassa.

Ele contou que havia retirado a menina de casa, pois sabia que ela estaria sozinha. Ainda segundo o depoimento, após a violência sexual, Kemilly começou a chorar. Com medo de que o barulho atraísse a atenção de alguém, ele começou a cortar o pescoço da criança, mas voltou atrás e a enforcou. Depois, escondeu o corpo da criança. A polícia investiga a possível participação da mãe de Reynaldo no crime.

A mãe de Hadassa teria pedido para a irmã dela "olhar" as crianças enquanto elas dormiam.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Rayanne Bulhões, editora web)

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