Padre que guardava e compartilhava pornografia infantil é condenado
O padre deve cumprir oito anos, seis meses e 16 dias de detenção
O padre Evair Heerdt Michels, da congregação Josefinos de Murialdo, foi condenado nesta quarta-feira (25) a oito anos, seis meses e 16 dias de prisão por armazenar e compartilhar conteúdo de pornografia infantil. A condenação partiu da 6ª Vara Criminal de Porto Alegre (RS). A defesa ainda pode recorrer da sentença.
As suspeitas do envolvimento de Evair com pedofilia se intensificaram em 2018, quando uma reportagem do Grupo de Investigação da RBS (GDI) flagrou o padre abençoando um grupo de crianças durante a missa. Na época, ele desrespeitou a restrição imposta pela Justiça Federal de se manter distante de qualquer tipo de atividade onde houvesse crianças ou adolescentes.
Em 2017, ele se tornou suspeito dos crimes quando a Polícia Federal, após denúncia de uma ONG dos Estados Unidos, encontrou milhares de fotos e vídeos pornográficos com crianças e adolescentes em um computador na casa paroquial em que o padre morava.
Após a apreensão do material, Evair foi transferido para a cidade de Caxias do Sul (RS), onde o flagra de 2018 aconteceu. Desde o caso, ele passou a ser monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica.
A congregação proibiu Evair de rezar missas públicas e o impediu de morar em comunidades religiosas. Além disso, informou na terça-feira (23), por meio de nota, que assim que receber todas as informações do caso as enviará "ao Conselho Geral de Roma (autoridade maior da Congregação Religiosa), que as entregará ao Vaticano para as devidas providências".
O advogado de defesa afirmou que segue "acreditando na inocência” do padre, garantiu que irá recorrer da sentença e ainda disse não existir "prova cabal de que nas fotos aparecem menores de idade".
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