Após 6 anos, veja como estão os acusados de matar Marielle Franco
A vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos em 2018, no Rio de Janeiro
O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, completa seis anos nesta quinta-feira (14/03) e até o momento, não há uma resposta sobre quem mandou matar Marielle. Na noite do dia 14 de março de 2018, ela e o motorista passavam de carro pelo bairro Estácio quando outro veículo os emparedou e abriu fogo, resultando na morte imediata de ambos.
Desde o dia do crime, cindo delegados da Polícia Civil estiveram à frente das investigações acerca da morte de Marielle Franco e de Anderson, e em fevereiro de 2023, a Polícia Federal assumiu o caso. Confira quem são e o que se sabe até o momento sobre os investigados.
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Suspeitos da morte de Marielle Franco e Anderson
Ronnie Lessa
Ronie Lessa, policial militar, foi preso em março de 2019 pela participação direta nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele é apontado como o autor dos disparos.
Edimilson Oliveira, o Macalé
Apontado como o intermediário da contratação de Ronie Lessa, ele também participou das "campanas" feitas para vigiar os passos de Marielle antes do crime.
Macalé foi executado a tiros em 2021, aos 54 anos, quando seguia para um veículo onde levava seu passarinho de estimação.
Tentativa frustrada
Maxwell Simões Correa, o Suel
Ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Correa, também conhecido como Suel, foi apontado como cúmplice de Lessa, é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha, esconder as armas após o crime e auxiliar no descarte delas.
Ele também participou da tentativa de matar a vereadora em 2017. Naquela ocasião, Maxwell, que estava dirigindo, não teria conseguido emparelhar com o táxi onde estava Marielle na hora que Lessa mandou. Suel alegou que deu um problema no veículo, mas Ronnie teria dito a Élcio que "não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, segundo consta na delação.
Eliminação de provas
Edilson Barbosa, o Orelha
Orelha, foi apontado como dono do ferro-velho que desmanchou o Cobalt prata, usado no assassinato. Segundo a denúncia da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (Gaeco/FTMA), o Cobalt foi levado até Edilson no dia 16 de março de 2018. Conforme os promotores, o dono do ferro-velho "embaraçou a investigação", uma vez que deu sumiço ao veículo usado no homicídio. Ele foi preso no fim de fevereiro deste ano.
Outras quatro pessoas também foram presas em desdobramentos do caso, mas logo foram soltas. Em 2019, Elaine de Figueiredo Lessa (mulher de Ronnie), Bruno Figueiredo (cunhado de Ronnie) e cúmplices do ex-policial foram presos de forma preventiva. Ela era suspeita de comandar ações para sumir com as armas e apagar vestígios da quadrilha com a ajuda do seu irmão.
Já Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, teria sido o destinatário das supostas armas recolhidas por Márcio Gordo. Djaca teria ainda alugado um barco para se livrar do armamento em alto mar.
Investigados assassinados
Luiz Carlos Felipe Martins
Considerado braço direito de Adriano, o segundo-sargento Luiz Carlos Felipe Martins, conhecido como Orelha (apelido homônimo do preso nesta semana), também foi morto a tiros, em 20 de março de 2021. Homens que estavam num carro dispararam contra o PM em uma rua de Realengo, Zona Oeste carioca. Ele estava de folga.
Hélio de Paulo Ferreira (Senhor das Armas)
Hélio de Paulo Ferreira, o Senhor das Armas, foi assassinado em 28 de fevereiro de 2023, na Rua Araticum, área disputada por milicianos e traficantes que ficou conhecida como a rua da morte, no Anil, também na Zona Oeste. Ele foi outro que chegou a ser investigado no inquérito Marielle e Anderson.
Lucas do Prado Nascimento da Silva (Todynho)
Lucas do Prado Nascimento da Silva sofreu uma emboscada na Avenida Brasil, na altura de Bangu, possivelmente como uma queima de arquivo. Todynho era suspeito de ter participado da clonagem do Cobalt prata usado na execução de Marielle e Anderson. Ele teria atuado na confecção dos documentos falsos do veículo, segundo relatório de inquérito assinado pelo titular da Delegacia de Homicídios na época, Giniton Lages.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com
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