Militante é assassinado durante aniversário com tema do PT
Vítima reagiu e matou agressor, que era simpatizante do presidente Jair Bolsonaro
O guarda municipal Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito na chapa do PT de 2020 em Foz do Iguaçu (PR), foi assassinado na madrugada deste domingo (10), quando comemorava o aniversário de 50 anos tendo como tema o PT. Um simpatizante do presidente Jair Bolsonaro, segundo relatos e nota do Partido dos Trabalhadores, interrompeu o evento e atirou três vezes contra Arruda.
Segundo nota do PT, um policial penal chamado José da Rocha Guaranho, estacionou do lado de fora da festa, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu e fez ameaças aos presentes, com gritos em defesa de Bolsonaro e armado. Vinte minutos depois, ele retornou ao local e disparou três vezes contra Arruda, que também atirou de volta.
Segundo o boletim de ocorrência obtido pela CNN, testemunhas relataram à Polícia Civil que estavam na festa da vítima quando foram surpreendidas pela presença de Jorge. Os convidados disseram não conhecer o policial penal, que também foi atingido e levado ao hospital.
Em um primeiro momento, a Polícia Civil do Paraná informou que o atirador havia morrido. Na tarde deste domingo (10), porém, em coletiva de imprensa, a PC corrigiu a informação, dizendo que o atirador está internado em estado grave. O UOL apurou que Guaranho foi levado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck, de Foz do Iguaçu. A unidade não se manifestou sobre o estado de saúde do agente penitenciário e disse que informações sobre o caso só serão compartilhadas com familiares e com a polícia.
"Antes de ser assassinado com três tiros pelo policial penal fascista que o abordou no estacionamento, Marcelo tentou ainda se defender com a arma funcional que tinha em seu carro e reagiu. O assassino de Marcelo também veio a falecer. Marcelo, no seu ato derradeiro e heróico, salvou inúmeras vidas, pois o fascista também ameaçava e poderia ter assassinado a todos na festa, inclusive a sua família", informa a nota do PT, assinada por Gleisi Hoffmann, presidente Nacional do partido, e Abdael Ambruster, Coordenador Nacional do Setorial de Segurança Pública do PT.
O ex-presidente Lula se manifestou sobre o ocorrido. Além de lamentar a morte do militante petista por "intolerância", o pré-candidato à Presidência pediu "compreensão e solidariedade" aos familiares do policial, que "perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável".
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