Golpe do chocolate: saiba como criminosos estão usando a páscoa para tirar dinheiro das vítimas
Criminosos estão usando nomes de grandes marcas como Cacau Show, Kopenhagen e Nestlé para enganar as vítimas
Uma nova modalidade de golpe está sendo aplicada na internet, o chamado 'Golpe do chocolate'. Há poucos dias da celebração da Páscoa, criminosos estão se aproveitando do período para tirar dinheiro das vítimas pela intenet. Veja como ele funciona e como evitar prejuízos:
Como funciona o 'golpe do chocolate'?
Através de programas de mensagem no celular ou computador, o golpista diz que a pessoa ganhou uma cesta de chocolate que, supostamente, serão enviadas por grandes marcas, como Cacau Show, Kopenhagen e Nestlé.
Para receber a cesta, os criminosos dizem que a pessoa ganhadora, precisa pagar pelo envio do "presente". A vítima acredita estar lucrando, pois o valor do envio é bem mais baixo que o da cesta de chocolate.
O criminoso então cobra a taxa na maquininha de cartão. Nessa hora, ele passa um valor muito mais alto do que o suposto frete da cesta. Em alguns casos, o cartão também é clonado, aumentando ainda mais o prejuízo da vítima.
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A vítima não costuma perceber que se tratava de uma fraude. Ela só vai se dar conta do prejuízo quando verifica o saldo na conta ou a fatura do cartão de crédito.
Em alguns casos, os criminosos também aproveitam dados pessoais para aplicar o golpe do chocolate no dias de aniversários das vítimas.
Como se prevenir para não cair no "Golpe do Chocolate"?
Desconfie quando tiver que pagar algum valor para receber produtos que, em tese, estão sendo oferecidos gratuitamente. Não é prática das empresas enviar algo e cobrar o frete na entrega.
Suspeite de prêmios ou ofertas que pedem o pagamento de qualquer tipo de taxa. Na dúvida, confirme as informações nos canais oficiais da marca que ofereceu o presente, como redes sociais e site.
As empresas não enviam mensagens por SMS ou WhatsApp solicitando dados financeiros. Nunca compartilhe essas informações e não clique em links nessas mensagens.
O que dizem as empresas?
Através de comunicado, a Cacau Show disse que lamenta ter seu nome usado para aplicar golpes e reforça que não solicita cobrança de valores no ato da entrega para que o produto seja liberado ao consumidor. A empresa alerta que, caso isso ocorra, a entrega deverá ser recusada. O cliente também deve ficar sempre atento ao site oficial.
Já a Kopenhagen diz que publica avisos nas redes sociais sobre os riscos de golpes. A empresa diz ainda que seu SAC está disponível para tirar dúvidas e orientar em casos de suspeita de golpe.
Em nota, a Nestlé diz que não oferece chocolates dessa forma. A multinacional ainda esclarece que não envia mensagens de celular e não realiza ligações solicitando pagamento para a entrega de produtos. "Em caso de recebimento de mensagens e ligações suspeitas, a Nestlé orienta entrar em contato pelo canal de atendimento ao consumidor", diz o comunicado.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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