Fotógrafa morre após passar mal com anestesia em procedimento estético; família alega negligência

Família acusa a clínica de estética e a profissional de negligência por demora na prestação de socorro à vítima, que reclamou de dores e teve como resposta da profissional que se tratava de uma sensação normal

Carolina Mota

Na última sexta-feira (13), a fotógrafa Roberta Corrêa, de 44 anos, morreu quatro dias depois de passar mal com a aplicação de uma anestesia para realizar um procedimento estético em uma clínica localizada em Cosmópolis, no interior de São Paulo. Segundo a família da vítima, Roberta começou a passar mal e a esteticista, no momento, alegou se tratar de uma sensação normal.

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Em entrevista à EPTV, a prima da vítima, Paola, relatou que Roberta chegou a delirar após a anestesia. “Ela começou a sentir um calafrio e, pelo que a gente sabe, a esteticista falou que era normal. Começou o procedimento, logo em seguida a Roberta começou a sentir dores e foi convulsionando. Ela pediu para parar, parar, parar, não segurá-la, mas não tinha ninguém segurando. Foi quando ela parou, desmaiou e teve a parada cardíaca”.

Negligência

A família de Roberta acusa a clínica de negligência por ter indícios de que houve demora na prestação de socorro. Paola alega que a prima, que iria fazer um procedimento chamado endolaser, usado para reduzir gordura localizada, não foi socorrida de imediato, o que resultou na morte cerebral.

A biomédica responsável pelo procedimento afirmou que Roberta preencheu e assinou todos os formulários exigidos em lei, mas o procedimento “sequer começou” e disse também que o socorro foi prestado imediatamente. 

A Polícia Civil de São Paulo disse que irá investigar o caso. A Delegacia de Cosmópolis, responsável pelo inquérito, solicitou exames periciais para determinar as causas do ocorrido. Até o momento, ninguém foi preso. 

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com

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