Familiares reclamam de impunidade um mês após morte de Genivaldo em 'câmara de gás' da PRF
Na última terça-feira (21), a Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal (MPF) a prorrogação do prazo para concluir inquérito sobre o caso
Um mês após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, nenhum dos envolvidos na "câmara de gás" montada em uma viatura de da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi presa. Familiares reclamam da impunidade e sentimento de insegurança após o crime ocorrido em Umbaúba (SE). As informações são do Metrópoles.
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"Um mês se passou e não temos resposta. Se fosse qualquer pessoa que tivesse dado um tapa em um policial, seria preso. Eles mataram o meu tio e estão soltos, juntos com a família, e nós estamos aqui tristes e sem nosso ente querido. A gente está vendo que não vai dar em nada. Estamos na mão de Deus", afirmou o sobrinho da vítima, Walisson de Jesus Santos.
Wallison disse que “todo mundo está com medo” ao questionar a falta de confiança na polícia. “Eles pediram trinta dias para investigar mais o quê? Eles querem mais provas de quê? Os policiais deviam ter perdido a farda e estar presos”, desabafou.
Prorrogação
Na última terça-feira (21), a Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal (MPF) a prorrogação do prazo para concluir inquérito sobre a morte de Genivaldo dos Santos.
A PF informou que precisa aguardar a apresentação de laudos periciais requisitados ao Instituto Médico Legal (IML) e à Diretoria Técnico-científica da própria PF. O órgão classificou os documentos “indispensáveis para a finalização da investigação”.
Informações sobre as condutas profissionais dos policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que matou Genivaldo de Jesus não serão divulgadas pela PRF, que negou um pedido sobre o assunto ao portal Metrópoles, solicitado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O Metrópoles solicitou a quantidade, os números dos processos administrativos e o acesso à íntegra dos autos já concluídos envolvendo os cinco agentes que assinaram o boletim de ocorrência policial sobre a abordagem. Os envolvidos são Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas.
Relembre o caso
Genivaldo morreu durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio, depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.
A certidão de óbito entregue pelo IML à família no dia seguinte à morte apontou asfixia e insuficiência respiratória.
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