MPF decide manter soltos policiais envolvidos na morte de homem em ‘câmara de gás’
A decisão foi tomada após reunião entre o Ministério Público Federal e a OAB, na última quinta-feira (02/06)
Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estiveram reunidos na última quinta-feira (02/06), em Aracaju (SE) para tratar do caso envolvendo a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com gás lacrimogêneo durante uma abordagem violenta da PRF na capital pernambucana. O encontro foi a pedido da OAB, que requeriu a prisão cautelar dos agentes federais envolvidos no episódio, medida não autorizada pelo MPF sob o argumento de que o caso ainda está sendo investigado.
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“A prisão preventiva é uma medida excepcional. Para você pedir uma prisão preventiva tem que ter motivos para tanto. E o Ministério Público ainda está avaliando se esses motivos estão presentes nesse caso. No momento, a nossa avaliação principal é focar nas provas”, explicou Eunice Dantas, procuradora-chefe do MPF em Sergipe.
Segundo Dantas, não há provas de que os envolvidos tenham tentado interferir na investigação. “Até agora, não chegou nenhum fato que mostre que essas pessoas estejam interferindo de alguma forma, muito pelo contrário. Eles já foram afastados das suas funções”, explica. Ainda não há data marcada para os agentes prestarem depoimentos.
Danniel Costa, presidente da OAB, relatou que o órgão apresentou argumentos sólidos para que a prisão dos agentes federais fosse decretada. “Todos os fundamentos e a nossa preocupação com a proteção das provas nós passamos. Cabe esperar que o Ministério Público conclua as investigações ou pelo momento em que surgir uma prova que mostre a necessidade de se fazer esse pedido (de prisão)”, esclareceu.
(*Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Ádna Figueira)
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