Eleitora de Lula que teve marmita negada por empresário diz ter se sentido humilhada
Empresário negou entrega de marmita a faxineira após ela declarar voto em Lula nestas eleições
A diarista Ilza Ramos Rodrigues, de 52 anos, moradora de Itapeva (SP), que teve uma marmita negada após declarar ser eleitora do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirma que ficou surpresa com a atitude do produtor rural Cássio Cenali. As informações são do Metrópoles.
Após a mulher declarar o voto ao petista, o homem disse que não entregaria mais marmitas à ela e sugeriu que pedisse comida ao candidato Lula. Veja o vídeo que viralizou na web:
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“Quando o homem falou daquele jeito, fiquei mal. Fiquei ruim, liguei para a minha irmã falando que fiquei com medo. Me senti humilhada, porque, para mim, uma pessoa que tem dinheiro, o carro que tem, não tem direito de humilhar os mais humildes”, lamentou Ilza, em entrevista ao portal Itapeva Alerta.
Ilza afirma que as refeições começaram a ser entregues por um antigo patrão nos primeiros meses da pandemia de covid-19. No entanto, o ex-chefe da faxineira faleceu e a comida passou a ser entregue pelo homem que aparece no vídeo. A mulher conta que se surpreendeu com a atitude do empresário e com a repercussão do caso.
“Não esperava que ele fizesse isso, porque essa marmita me ajudava e ajudava outras pessoas. Eu distribuía, dava para duas famílias. O que ele falou para mim foi muito ruim. Não imaginei que teria essa repercussão. Foi um susto para mim ter levado isso na cara, essa humilhação”, afirmou.
Neste fim de semana, Cássio Cenali publicou um vídeo nas redes sociais se desculpando e afirmando que se arrepende pelo ocorrido. “Eu sou o Cássio. Estou aqui para pedir desculpa pelo vídeo, pela infelicidade de ter feito esse vídeo. Estou muito arrependido”, diz ele, na retratação.
“Faz mais de dois anos que eu faço 60 marmitas toda quarta-feira e entrego para morador de rua, inclusive para essa senhora. E não é isso que vai fazer eu parar com esse trabalho meu. É um trabalho que faço com recurso meu, não tenho apoio político nisso ai, não tenho nada. Eu só quero a caridade”, continua ele.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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