Após 14 dias, mulher consegue reaver R$ 10 mil no Pix que enviou por engano para 'golpista'
Remetente se recusava a devolver a quantia enviada por engano pela jornalista e empresária Bruna Marques, de 43 anos
Depois de 14 dias, a jornalista e empresária Bruna Marques, 43 anos, conseguiu reaver os R$ 10 mil que enviou por engano no Pix. A recuperação ocorreu demorou duas semanas devido à remetente, identificada como Rubia de Oliveira e classificada como golpista no caso, não querer devolver o dinheiro.
No último dia 16 de setembro, Bruna Marques iria enviar a quantia para o marido, Cláudio Fernandes, mas errou um dígito da chave Pix ao fazer a transação
A chave Pix da golpista e do homem são quase iguais, remetente aos telefones celulares dos clientes bancários: A de Claudio tem final 2063, e a de Rubia, 1063. Para o azar do casal, no teclado numérico, os dígitos 1 e 2 ficam uns ao lado do outro.
Rubia de Oliveira, 53 anos, é arquiteta e mora em Sobradinho-DF, ignorou o pedido de devolução de Bruna. Ao portal Metrópoles, a jornalista disse que, ao perceber o erro, entrou em contato com Nubia. "Liguei na hora, mas ela escutou uma parte da minha fala e me bloqueou imediatamente”, disse Bruna. "Meu advogado, meu marido e minha filha ligaram e mandaram mensagens, mas ela bloqueou todo mundo”, completou.
Bruna procurou o Banco C6 S.A, sua instituição bancária, e o Banco Central, e ambos informaram que não seria possível cancelar a transação via Pix.
O valor recebido por Rubia está na conta do Banco do Brasil (BB), que possui sede em Canelinha, um município de Santa Catarina com pouco mais de 12 mil habitantes. Bruna entrou em contato com o banco onde Rubia possui conta-corrente e conseguiu falar com o gerente da agência.
"O gerente entrou em contato com a Rubia e sugeriu que ela fosse a uma agência física em Brasília. No último dia 18, ela foi, mas afirmou que o dinheiro era dela”, alega Bruna.
No dia seguinte, a jornalista recebeu uma mensagem de Rubia, que a desbloqueou no WhatsApp para confirmar que havia recebido um valor a mais na conta e solicitar a chave Pix. “Encaminhei a mesma chave que fiz o Pix e ela reclamou, disse que queria meus dados. Passei na hora as chaves com o meu celular e CPF. Fiquei esperando, e nada. Duas horas depois, ela me bloqueou e cancelou a linha”, conta Bruna.
Nesse momento, Bruna, que também é correntista no BB, foi informada pela sua gerente sobre a declaração de Rubia à instituição. “Corri para a Polícia Civil do DF (PCDF) e alterei a ocorrência para apropriação indébita”, explica a jornalista. O caso está sendo investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
Além da PCDF, Bruna também recorreu à Justiça, pedindo uma indenização de R$ 10 mil por danos morais. Uma audiência está marcada para o dia 18 de novembro. Ela pediu antecipação da tutela, mas teve a solicitação negada.
(*Gabriel Bentes, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editor web de oliberal.com)
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