Verão 2023: confira dicas para viajar com os filhos de forma segura durante as férias
A reportagem elaborou um serviço sobre os principais cuidados ao viajar com os pequenos no mês de julho
Chegou o período do ano em que muitas famílias se preparam para as viagens de férias escolares para aproveitar o momento de lazer com as crianças. Mas, para fazer o deslocamento com segurança e desfrutar dos momentos de diversão com tranquilidade, é importante que os responsáveis fiquem atentos aos detalhes.
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A reportagem preparou um serviço com dicas desde o momento da viagem até a chegada do momento de lazer nas praias e balneários. O primeiro passo para desfrutar das férias é o momento do transporte, que pode ser de diferentes formas.
Dentro da via terrestre, o Departamento de Trânsito do Pará (Detran) informa que, segundo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), crianças até 10 anos de idade devem ser transportadas no banco traseiro do carro e em dispositivos de segurança de acordo com a idade (menores de até 1 ano devem usar o bebê conforto; de 1 a 4 anos na cadeirinha; de 4 a 7 deve usar o assento de elevação; e de 7 anos e meio até 10 anos devem usar o cinto de segurança no banco traseiro).
A partir de 10 anos, as crianças podem ocupar o banco dianteiro mediante altura mínima de 1,45 m e usando o cinto de segurança. Já em motocicletas, o transporte de crianças só é permitido quando a mesma possui idade a partir de 10 anos e mediante uso do capacete de segurança. Ainda segundo o CTB, a obrigatoriedade não se aplica a veículos públicos de transporte coletivo.
Para quem for fazer o deslocamento em transporte público é importante ficar atento sempre aos pertences da criança, nunca deixando objetos de valor a mostra, não conversar ou aceitar qualquer tipo de interação com estranhos, não a criança sozinha durante as paradas, mesmo que estiver dormindo, fique atento durante o embarque e desembarque e, principalmente, ao uso de cinto de segurança.
Nas embarcações, o uso de colete salva-vidas é obrigatório
Em casos de viagem em embarcações, o primeiro item é o colete salva-vidas, o uso é obrigatório. Para os pequenos, o modelo indicado do acessório de segurança deve ter gola, para, além de manter o equilíbrio da criança, deixar o rosto dela fora d’água em caso de queda.
Outro cuidado no barco é vigiar cada movimentação das crianças, pois como ficam agitadas durante o passeio e querem correr e brincar na embarcação, isso pode ser um risco para que aconteça algum acidente.
Os responsáveis devem ter cuidado com exposição das crianças ao sol
Outra etapa importante da viagem é a chegada aos balneários. Nesse momento é importante que os responsáveis lembrem dos cuidados com relação a exposição das crianças ao sol. A médica dermatologista Juliana Porciúncula explica que os pais e responsáveis devem sempre estar atentos, pois as crianças têm uma pele mais sensível e propensa a alergias e infecções e, em especial o cuidado com o sol.
“Crianças menores de seis meses devem ter um cuidado redobrado pois não podem usar protetor solar químico, apenas roupas com proteção solar e chapéus. A radiação UVA é sempre igual mesmo em dias nublados, porém a radiação UVB é maior no verão e nos horários de 10h às 16h, portanto, o risco de insolação nessa época do ano é maior”, pontua a médica dermatologista.
Sobre a prevenção às crianças com mais de seis meses, ela explica que deve ser feita a de protetor solar com FPS superior a 50 e reaplicação a cada 3 horas. Além disso, chapéus, óculos e roupas com proteção solar. É preciso também ficar atento à hidratação oral com água e frutas na alimentação.
“Os efeitos do sol na pele são cumulativos. Então, o quanto a gente puder se proteger é melhor porque nós só temos essa pele”, destaca a dermatologista.
Nas praias, é importante usar pulseiras de identificação nas crianças
Depois do protetor na pele, a atenção deve ser redobrada, pois as crianças ficam aptas a brincar ao ar livre. E para evitar transtorno de afogamento ou desaparecimento é importante que o responsável esteja sempre próximo a criança, principalmente, durante os mergulhos.
O sargento Raildo Monteiro, do 1º Grupamento Marítimo Fluvial do Corpo de Bombeiros do Pará (CBMPA), explica que a primeira informação dada ao público é que em casos de afogamento ou desaparecimento o responsável deve procurar o local de atendimento do serviço de guarda-vidas para que as buscas sejam iniciadas imediatamente.
Em casos de afogamento, o aviso imediato deve ser priorizado, pois a tentativa de entrar na água para salvar alguém pode causar mais transtorno, uma vez que em muitos casos a pessoa que tenta salvar também acaba se afogando e o transtorno pode ser maior.
Uma medida importante em casos de desaparecimento na praia é o uso de pulseiras de identificação nas crianças com o nome delas com o contato dos responsáveis. Outra medida de alerta dada pelo bombeiro militar é quanto ao descanso que a criança deve ter após a alimentação.
“Então, a criança se alimentou com uma comida mais pesada, é importante que ela permaneça ali ao lado dos pais por meia hora, pois é o tempo que faz a digestão, pois evita acidente em relação a congestão”, destaca o sargento.
Família de Ananindeua toma todos os cuidados possíveis para viajar
Neste fim de semana, o casal Hugo Atayde, advogado e funcionário público, e Lediany Atayde, funcionária pública, vai pegar a estrada com os filhos Hugo Filho, 7 anos, e Fernando Vitor, 13. “Na primeira semana a gente foi para Salinas. Neste vamos para Mosqueiro e, provavelmente no próximo, vamos para Salinas novamente”, contou.
No mês de julho, e sempre que possível, a família viaja na sexta-feira e volta no domingo. Como eles trabalham durante a semana, só conseguem aproveitar no sábado e domingo. Mas, para garantir uma viagem tranquila e segura, o casal adota vários cuidados. “Até porque a gente tem um filho de sete anos e já tem um outro rapazinho de 13”, disse Hugo Atayde. “Todos os anos a gente acaba vendo aí algumas coisas que acontecem, alguns acidentes”, afirmou.
Esses cuidados começam ainda dentro do carro, com a utilização do cinto de segurança e a preocupação com as bagagens. “A gente tem um bagageiro para que não fique excesso de malas no porta-malas do carro. E, por isso, a gente coloca algumas coisas no bagageiro”, explicou.
Todos, portanto, usam cinto de segurança. Ao chegar na praia, há o cuidado com o protetor solar nas crianças, para evitar qualquer tipo de insolação. “Bastante hidratação, com água, suco. E, principalmente, o cuidado com a questão do banho nas praias ou balneário”, afirmou. “Não deixar eles sozinhos, para que estejam sempre acompanhados dos adultos. Respeitar as orientações dos profissionais que estão nas áreas de praia, piscina, balneário, quando, por exemplo, forem alertados para sair da praia. Por serem crianças, não deixar eles sozinhos em momento nenhum”, completou Hugo Atayde.
Precaução em primeiro lugar
Outra família que já está com as malas prontas para curtir o verão é a da microempreendedora Bárbara Silveira. Em sua primeira viagem neste mês de julho, ela e os três filhos: Malu, de 3 anos, Luan, que tem 12 anos, e Matheus, que completou 17 anos, irão aproveitar o fim de semana em Salinas, no nordeste paraense. Bárbara conta que planeja a viagem durante os meses anteriores ao período das férias dos filhos. Tudo para garantir a segurança durante a viagem e também na praia.
“Ainda não tínhamos viajado neste mês e agora vamos passar o fim de semana em Salinas. Eu costumo deixar tudo pronto e organizado bem antes da viagem. Não quero esquecer nada e também sempre gosto de tomar cuidados na estrada. Então mando o carro para revisão e dirijo com cuidado, que é o essencial para chegar lá em segurança. Além disso, eu uso a cadeirinha para manter a proteção da Malu, que é a menorzinha. Também me certifico que está tudo ‘ok’ com o cinto de segurança para os maiores”, descreve Bárbara.
Toda a questão da precaução e cuidados, segundo Bárbara, se deve ao receio de algum incidente ou imprevisto durante a viagem. A microempreendedora também costuma redobrar a atenção com os filhos na praia, tanto no que se refere a alimentação, quanto a vigilância. “Tenho muito cuidado, a gente passa ver muitas coisas acontecerem e fica com medo. Uso o protetor solar, levo bastante frutas e líquidos, é importante ter uma alimentação e hidratação adequada. A segurança na água é outra questão, quando se tem criança é preciso ficar de olho e usar boia”, afirma Bárbara.
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