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Veja um resumo de como foi o Festival LED em Belém

Após 10 horas de evento, o festival chegou ao fim deixando um legado de muitas conexões e oportunidades

O Liberal

Com 10 horas consecutivas de programação, o Festival LED (Luz na Educação) proporcionou encontros e estimulou debates sobre a educação na sua primeira edição realizada em Belém na última quarta-feira, 27. Mudanças climáticas, educação empreendedora e cultura paraense foram os destaques temáticos do evento que reuniu especialistas, jornalistas, artistas e diversos outros profissionais na Estação das Docas, desde as 10h até as 20h. O festival é parte do Movimento LED, realizado pela Globo e Fundação Roberto Marinho, que busca dar visibilidade e reconhecimento a iniciativas em educação no país.

Conforme a coordenação do evento, Belém foi estratégica para ampliar os debates nesta edição. Realizado desde 2022, foi a primeira vez que o Festival LED saiu do Rio de Janeiro. Viridiana Bertolini, gerente de Valor Social da Globo, falou sobre como o encontro em Belém estimulou ideias a respeito de educação.

"As discussões trouxeram um novo nível de conversa, de debate. Acho que a gente conseguiu reunir aqui encontros improváveis, com vozes do território e pessoas que a gente trouxe de fora, de várias regiões do Brasil. Está sendo uma experiência histórica, estamos muito satisfeitos no que vimos até aqui".

image Gerente de Valor Social da Globo, Viridiana Bertolini fala sobre a realização do Festival LED em Belém. (Igor Mota / O Liberal)

A estrutura foi composta de 2 palcos de conteúdos e 50 palestrantes em 20 atividades entre mesas de debates, shows e oficinas. "A questão climática se sobressai pelo protagonismo da região, por tudo que Belém representa nessa pauta e, sobretudo, por causa da COP 30, que é quando o mundo inteiro vai olhar para cá e certamente se fazer presente neste momento é muito estratégico", enfatiza Viridiana.

Veja fotos do Festival LED Belém

FESTIVAL LED 2024, EM BELÉM

Olhar para a COP 30

O evento evidenciou a importância da integração entre a educação e a biodiversidade na capital paraense, que será sede da COP 30 em 2025. Bia Lima, supervisora de inclusão educacional da Fundação Roberto Marinho, ressaltou a força da região Amazônica, que está no centro das discussões sobre sustentabilidade no mundo.

"Belém é essa porta de entrada, falando de biodiversidade, de liderança e de potência cultural. A gente entendeu, sobretudo, a menos de um ano da COP 30, que é muito importante promover essa convergência de pessoas e de parceiros. Queremos discutir como é importante pensar em sustentabilidade pelo viés da educação. Não dá pra pensar em metas, pensar em objetivos de desenvolvimento do mundo, ou falar em sustentabilidade sem tocar no pilar essencial que é a educação. Esse é o principal desafio e o motivo de escolha desse território”, diz.

image Bia Lima, supervisora de inclusão educacional da Fundação Roberto Marinho. (Foto: Bruna Lima | Especial O Liberal)

Cultura paraense

Vários artistas paraenses e nacionais participam do show e da palestra de abertura do Festival LED Belém. Dona Onete, Gaby Amarantos, Gang do Eletro, o youtuber e podcaster Mítico, o professor e influenciador João Pedrosa, a escritora e ativista da educação e cultura Maria vilani e Sâmela Sateré, bióloga e comunicadora indígena estiveram entre os convidados da programação da manhã.

Dona Onete, professora e cantora, falou sobre a relevância do evento para o Estado e como a educação e a sustentabilidade devem ser incentivadas nas escolas paraenses. “Como professora, eu achei que foi muito bom o debate. Precisamos de mais eventos como esse em Belém para falar sobre a Amazônia e a nossa cultura. Como artista, a gente mostrou que temos uma rica cultura aqui no nosso Pará e ela tá indo para o mundo. Deveríamos fazer mais conversas como essas nas nossas escolas e ensinar desde pequenos que se deve valorizar a cultura daqui, o carimbó, nossos animais e nossos artistas”, ressalta.

image Dona Onete e Gaby Amarantos integraram a programação do Festival LED em Belém. (Thiago Gomes / O Liberal)

Para Gaby Amarantos, a música atua como uma ferramenta para a educação. “Eu sou filha de professora e quando era criança queria ser professora também. Mas aí a música falou ‘vem cá que eu vou te ensinar outra coisa’. E a música é também um instrumento de educação. Acho que levar a música do Pará ao mundo é fazer com que as pessoas aprendam que é conhecendo a Amazônia, através da nossa música e cultura, que vamos querer saber mais dessa floresta. Assim a gente defende a sustentabilidade e a biodiversidade”, afirma a cantora.

O carnavalesco e cenógrafo Milton Cunha falou sobre a referência que o Pará se tornou ao tratar da sustentabilidade e valorização dos recursos locais. “O Pará está tão na moda. Ele é uma vitrine, uma janela pro mundo agora. Então, o mundo todo, com a educação ambiental e o pensamento de salvar a floresta, está olhando pra cá. E esse é o lugar de fala do paraense. O Pará preservou sua floresta e ainda valorizou a riqueza daqui. É uma sacada linda que o Pará fez. Nós mantemos de pé o nosso verde, a nossa riqueza. Então, temos muito a contribuir com todo esse evento. E é uma contribuição alegre, colorida, explosiva e carimbolesca. A gente não pode perder nunca esse ‘tica tica bum’, esse ‘borogodó’ que faz do Pará único”, garante.

image O professor e influenciador João Pedrosa e a Gang do Eletro estiveram entre os convidados da programação do Festival LED, em Belém. (Thiago Gomes / O Liberal)

O podcaster Thiago Marques, paraense mais conhecido como ‘Mítico’, comentou que o festival mostrou a importância da educação e da cultura durante a iniciativa nacional é uma boa influência para outros jovens. "Estou muito feliz e realizado por estar aqui. Eu saí de Belém justamente para trabalhar, e voltar aqui para um evento desse, a trabalho, com a minha família comigo, está sendo muito importante. A minha educação foi algo bem importante para eu estar onde eu estou hoje, principalmente dentro de casa. Estudar é o caminho. Muita gente nem sabe, mas eu fiz pedagogia. A pedagogia que me auxiliou a ter tanta tranquilidade no palco, em frente às câmeras. Antes eu era muito tímido. Então estar voltando e participar da primeira edição do evento LED aqui na Amazônia, no Pará, é algo que eu não perderia. Isso valoriza a educação para os jovens e mostra a nossa força”, afirma.

image A jornalista Sandra Annemberg participou do Festival LED, em Belém, e ganhou boneca regional de representante da Seduc. (Igor Mota / O Liberal)

Desafios climáticos e empreendedorismo

À tarde, dentre tantos convidados, duas jornalistas foram reverenciadas pelo público. Sandra Annenberg, apresentadora do Globo Repórter, da TV Globo, participou de um debate sobre os desafios climáticos e o papel do Brasil na COP 30. Ela foi presenteada com uma boneca especial que foi batizada de Guamá. A boneca representa uma mulher açaizeira, símbolo de força e tradição na região.

O presente foi entregue pelo professor Mauro Tavares, coordenador de educação ambiental da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que também participou do evento. "Nós precisamos mais do que preservação. Precisamos de ação!", destacou a jornalista. Nas redes sociais, Sandra Annenberg agradeceu o carinho de quem esteve presente e rasgou elogios para a cidade. "O meu mais sincero muito obrigada! A terra de vocês é linda e um dia eu volto!".

image A influencer Thaynara OG compôs a mesa de um bate-papo mediado pela jornalista Poliana Abritta no Festival LED, em Belém. (Igor Mota / O Liberal)

Mediando o bate-papo "Vamos empreender a própria vida! Uma conversa sobre juventudes e o mundo do trabalho", a jornalista Poliana Abritta, apresentadora do Fantástico, falou da importância do espaço para inspirar e motivar o público. "Belém vai ser a cara do Brasil para o mundo ano que vem e o festival LED abre essa contagem regressiva com essa discussão, essa troca, para que a gente chegue ano que vem com propostas, com ideias com um olhar sobre o que a COP vai nos trazer para adiante", destacou a jornalista.

Na mesa com Poliana, a influenciadora e atriz maranhense Thaynara OG destacou a importância da educação para a sua carreira: "A educação mudou a minha vida antes mesmo da internet, faz parte da minha personalidade e é o que eu acredito, são projetos como esse que nós temos que celebrar sempre”.

Show de encerramento

Com grande presença de público, entre participantes locais e turistas, o Festival LED encerrou com um pocket show da cantora Gaby Amarantos, com participação especial de membros da Gang do Eletro, na Estação das Docas. Gaby levou o público ao delírio ao incorporar a famosa dança do "treme", além de fazer uma saudação especial à ‘galera da laje’ do Jurunas.

image Gaby Amarantos encerrou o Festival LED Belém com um pocket show marcante. (Wagner Santana / O Liberal)

Gaby também apresentou o hit Ex-my love e pediu que todos iluminassem o ambiente com as luzes dos celulares enquanto cantavam o refrão que marcou sua estreia nacional. A cena simbolizou o encerramento de um festival que celebrou educação, cultura e a potência criativa do Pará.

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