Variante Delta: mutação da covid-19 está presente em Belém e pesquisadora fala sobre vírus perigoso

a chefe do Laboratório de Vírus Respiratório da Fiocruz, Marilda Siqueira, afirma que a Delta é a variante que possui maior poder de transmissão

O Liberal

A variante Delta é considerada por infectologistas como uma das mutações mais ‘preocupantes’, por levar o paciente a um maior grau de gravidade da infecção da covid-19. E o perigoso por estar mais perto do que as pessoas imaginam. De acordo com a Secretária Municipal de Saúde de Belém (Sesma), essa mutação do coronavírus está presente em mais de 75% dos casos confirmados na capital paraense. 

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Em entrevista ao programa ‘Fala Doutor’, promovido pelo Ministério de Saúde, no Youtube, a chefe do Laboratório de Vírus Respiratório da Fiocruz, Marilda Siqueira, deu mais detalhes sobre o que se sabe da transmissibilidade da nova mutação. Ela afirmou que em relação às outras três variantes identificadas no Brasil, a Alfa, Beta, Gama e Delta, esta última é a que possui maior poder de transmissão. 

“Em termos de patogenicidade, tem muitos estudos que têm que ser olhados com cuidado, porque a questão da gravidade, ele está muito relacionada a cada paciente de acordo com a sua faixa etária, se tem alguma comorbidade ou não, se tomou ou não a vacina. Então, são muitas variáveis que podem interferir numa maior ou menor gravidade de cada um”, acrescenta a pesquisadora.

E quanto aos sintomas de cada variante, cada mutação pode se manifestar de uma forma diferente? Marilda esclarece que não. Segundo ela, clinicamente falando, os sinais da doença como febre, falta de ar e dor de cabeça são comuns para as quatro tipos de infecções das variantes. 

Por mais que haja um certo questionamento da população sobre a eficácia das vacinas em relação à mutação dos vírus, a pesquisadora reforça que o imunizante ainda é, felizmente, a melhor forma de se prevenir contra o coronavírus. “As vacinas têm se mostrado bastante efetivas em relação a todas as variantes, inclusive a Delta”, reitera. 

‘Duas doses de vacina beneficiou Edmilson Rodrigues  não ter um quadro ainda mais grave’, diz médica

Em uma coletiva realizada no dia 25 de outubro, para dar detalhes sobre o estado de saúde do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, contaminado pela Variante Delta, a infectologista Rita Madeiras afirmou a eficácia das vacinas em relação ao tratamento da doença, que “certamente o beneficiou para não ter um quadro ainda mais grave”.

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Histórico 

Edmilson Rodrigues, testou positivo para covid-19 no dia 1º de outubro e começou o tratamento em casa, mas, no dia 6, foi internado no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém, e recebeu alta dia 19.

Mas, no dia 23 deste mês voltou a ser internado, após sentir fortes dores nas costas, no Porto Dias. Ele precisou ser submetido a um procedimento cirúrgico para drenagem de hemorragia no pulmão.

Na segunda-feira, 25, ele foi realizado um procedimento para cessar o sangramento. Nestes oito dias de tratamento, ele ficou na UTI, após o procedimento no pulmão e depois concluiu o tratamento hospitalar no quarto. A alta veio no dia 31 de outubro. 

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