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Trabalhadores e estudantes endossam novo ato nacional em Belém

Manifestação tem concentração às 16h, na Praça da República, e sai em direção ao Mercado de São Brás pela avenida Nazaré

Redação Integrada

Em Belém, a concentração para o novo protesto, de abrangência nacional, contra os cortes de recursos na educação, sobretudo para a rede federal - chamado pelo governo Jair Bolsonaro de “contingenciamento'' - e contra a Reforma da Previdência, está marcada para as 16h, desta quinta-feira, na Praça da República. Em seguida os manifestantes sairão em marcha em direção ao Mercado de São Brás, tomando a avenida Nazaré. Estão previstas mobilizações também no interior, sobretudo nos municípios onde há campi federais da UFPA e UFRA, cujos portões já devem amanhecer fechados.

A aluna do terceiro semestre de Agronomia na UFRA, em Belém, Gloriane Braga, afirmou que a última alternativa era fechar o portão, já que os alunos gostariam que as pessoas entrassem nas universidades para conferirem de perto o processo de sucateamento, no entanto, ela ponderou que trancar as portas dá visibilidade ao movimento. 

"O Brasil, como um todo, só enxergará a universidade quando conhecê-la por dentro, e ver que nossas bibliotecas não têm todos os livros que precisamos, os laboratórios não possuem o material completo. Nossa ideia era levar as pessoas para conhecerem essa realidade. Mas, entendemos que fechar os portões por um dia dá visibilidade e engrandece o movimento, se não pressionarmos nossa atual gestão de políticos brasileiros permitiremos que o corte de verbas seja o ponta pé inicial para, quem sabe, os fechamentos das universidades'', afirmou Gloriane Braga. 

A comunidade estudantil paraense tem o apoio de trabalhadores técnicos, estudantes e professores da UFPA, UFRA e Uepa, que ao longo desta semana, acataram a paralisação nacional em suas respectivas assembleias gerais. 

Um dos coordenadores do Sindicato dos Técnicos das Instituições Federais de Ensino (Sinditfes), Cleber Coelho, entidade sindical que também apoia à paralisação nacional, no Pará, afirmou que tanto na UFRA como na UFPA só estão garantidas as atividades essenciais, a exemplo da alimentação e demais cuidados com os animais do Hospital Veterinário, da UFRA. 

"Vamos nos posicionar em frente os portões tentando dialogar com a sociedade sobre os motivos da manifestação. A situação é bem complexa. Vivemos um cenário sombrio, de incertezas. Os bloqueios do governo federal foram tanto nas verbas de custeio quanto de investimento. No geral, a UFRA está sofrendo um contingenciamento de 38%. Ou seja, no segundo semestre, a universidade pode deixar de fazer coisas ou terá de optar por ações de pesquisa e ensino, só para dar um exemplo'', frisou Cléber Coelho. 

Assim como no ato do último dia 15, que registrou uma das maiores manifestações já realizadas em Belém, nos últimos anos, milhares de pessoas prometem voltar às ruas hoje na capital paraense, em defesa da educação pública e contra o corte de verbas para as universidades federais. Alunos de dezenas de centros acadêmicos das universidades federais no Pará estão em intensa campanha política em busca de adesões ao ato de hoje. O convite é extensivo à toda sociedade. 

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Belém
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