Reunião para discutir tarifa de ônibus em Belém começa com protesto de estudantes

A reunião acontece a portas fechadas na Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel)

O Liberal
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A reunião para tratar da nova tarifa de ônibus de Belém começou por volta das 15h30 desta quinta-feira, 10, na sede da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel). O momento é marcado por protesto de estudantes que são contra o aumento do preço da passagem de ônibus na capital.

Com faixas e frases de protesto, os manifestantes se mantém do lado de fora da secretaria. Eles criticam a precariedade do transporte público, destacando o sucateamento dos veículos, o longo tempo de espera nas paradas e a falta de ar-condicionado.

image Reunião deve decidir o preço da nova tarifa de ônibus de Belém (Cristino Martins / O Liberal)

Dentro da Segbel, órgãos relacionados a transporte e mobilidade discutem a tarifa e analisam custos apresentadas pela antiga Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), que propõe tarifa de R$ 5,60, e pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), que sugere o valor de R$ 5,80.

Estão presentes na reunião, além de representante da Segbel, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransbel), do Sindicato dos rodoviários, da Associação de pessoa com deficiência, além do Conselho estadual dos idosos, Policia Militar e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Usuários e movimentos sociais protestam contra reajuste 

Durante o anúncio do reajuste da tarifa de ônibus em Belém, movimentos sociais se mobilizaram para protestar contra a decisão, alegando falta de diálogo com a população. Marcos Messias, universitário e integrante dos movimentos Correnteza e Unidade Popular (UP), criticou a medida: “O reajuste da tarifa feito sem ouvir grande parte da população e sem ter uma perspectiva concreta de melhoria das condições do transporte coletivo", diz.

Segundo ele, o aumento impacta diretamente trabalhadores e estudantes que dependem diariamente do transporte público. “Essas pessoas precisam ser ouvidas. A exemplo do trabalhador que fica duas ou quatro horas no ônibus para ir e voltar do trabalho e o estudante que, muitas vezes, tem que pegar quase dois ônibus para ir para a universidade ou escola”, afirmou. 

Marcos destaca que os movimentos vão permanecer mobilizados até conseguirem barrar ou ao menos adiar o reajuste, exigindo a abertura de um debate sobre a qualidade do transporte na cidade.

Lenny Soares, costureira de 53 anos e mãe de uma estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA), mora no bairro Águas Lindas, em Ananindeua, e sente de perto os impactos do aumento da tarifa. Ela critica a medida, ressaltando que muitas famílias da periferia terão que escolher entre pagar o transporte e garantir a alimentação em casa. “São quatro ônibus todos os dias para minha filha e para os filhos dos meus vizinhos, famílias de Águas Lindas, estudarem na UFPA. Vai faltar o alimento na mesa dos nossos filhos”, desabafa.

Lenny defende a manutenção da tarifa atual, alegando que a frota é precária: “Nossos ônibus estão sucateados, são ônibus quente, amarrados com corda. Cadê os ônibus de ar-condicionado que foram comprados pela prefeitura?”, indaga.

 

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