Promotoria de Justiça visita abrigo de indígenas Warao para avaliar casos de tuberculose
Aproximadamente 150 indígenas da comunidade warao estão com suspeita de tuberculose no abrigo localizado no bairro do Tapanã
Aproximadamente 150 indígenas da comunidade Warao estão com suspeita de tuberculose no abrigo localizado no bairro do Tapanã, em Belém. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio das Promotoras de Justiça Elaine Castelo Branco e Maria da Penha Araújo, realizou nesta quarta-feira (13), uma visita ao local com o objetivo foi alinhar estratégias de acompanhamento dos casos da doença.
A questão da tuberculose foi percebida com preocupação, pois os integrantes acabam rejeitando o tratamento médico por questões culturais e religiosas. Dessa forma será produzido relatório como parte de procedimento administrativo, com vistas a proporcionar o desenvolvimento de ações que considerem as especificidades das comunidades em situação de vulnerabilidade social como a população negra, comunidades indígenas, pessoas vivendo com HIV e Aids, pessoas em situação de rua, imigrantes/refugiados, e pessoas em uso problemático de álcool e outras drogas com vistas à ampliação do acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose junto a essas populações, no ano de 2023.
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A visita foi acompanhada do corpo psicossocial do MPPA, com a assistente social Ana Lúcia Eluan, assim como por profissionais da Fundação Papa João XIII, que gerenciam o espaço. A Promotora de Justiça Elaine Castelo Branco fomentou a cooperação técnica em conjunto com a Promotora de Justiça Maria da Penha Buchacra, priorizando a área de garantia à saúde dessa população abrigada.
“Há necessidade e importância de equipe formada por profissionais capacitados para uma abordagem sensível aos aspectos que vão além do padrão estritamente técnico. Nesse sentido, a atenção humanizada à saúde deve considerar as características de cada indivíduo, e em tratando-se dos povos indígenas, é necessário respeitar aspectos culturais de grupos étnicos que lutam há séculos pela preservação dos seus direitos”, pondera a Promotora de Justiça Elaine Castelo Branco.
A Redação Integrada de O Liberal solicitou informações sobre providências à Prefeitura de Belém e aguarda resposta.
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