Presidente do 'Albert Einstein' defende uso da tecnologia para um modo de vida mais saudável
Em Belém, Sidney Klajner participou, na ilha do Combu, de uma reunião sobre clima, saúde e sustentabilidade", realizado pela revista Front Saúde
Usar a tecnologia para que as pessoas possam viver de maneira mais saudável. É o que defendeu, em Belém, nesta sexta-feira (9), o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner. Ele participou, na ilha do Combu, do meeting sobre clima, saúde e sustentabilidade, realizado pela revista Front Saúde. Durante o evento, gestores e profissionais de saúde discutiram estratégias que promovam a sustentabilidade, garantindo um impacto positivo na saúde das futuras gerações.
“Eu aposto muito em tecnologia para que as pessoas consigam tornar o acesso maior para a população, trazer a informação necessária para a população para o autocuidado, para que as pessoas possam viver de modo mais saudável”, disse.
Segundo Sidney Klajner, isso passa pelo impacto ambiental, pela produção de alimentos, pelo consumo de uma alimentação saudável e menos processada. “O impacto que as alterações climáticas trarão também afetará a produção de alimentos. Portanto, é nossa responsabilidade. A sustentabilidade do sistema de saúde depende, obviamente, de você conferir melhor saúde ao invés de correr atrás de doenças”, afirmou.
Este ano, o Brasil descobriu dois dos piores desastres naturais de sua história. No Norte houve uma das maiores secas já registradas na região. E, no Sul, inundações devastaram o estado do Rio Grande do Sul.
Em Belém, ele conversou sobre a necessidade de uma preparação de equipamentos de saúde em relação a desastres ambientais. “A gente sabe que a população mais vulnerável é aquela que é sempre afetada por interrupção do acompanhamento de doenças crônicas, por situações que contribuirão para a geração de doenças nessa população. A produtividade alimentar também será alcançada. Esse caminho tem que ser quebrado de alguma forma”, afirmou.
Sidney Klajner também comentou sobre a realização da COP 30 em Belém, em 2025. “Na COP 30, a gente pode falar dos impactos da saúde. Mas, principalmente, dos impactos do bem-estar, da qualidade de vida para o ser humano como um todo”, afirmou. “Eu acho que a partir deste momento, e culminando com o final de 2025 na COP 30, a gente tem como brasileiro a obrigação de voltar a Belém e oportunidade essa como o centro do mundo em relação à busca de melhoria da qualidade de vida, melhoria da saúde da população, melhoria do bem-estar social”, afirmou.
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Sidney Klajner destaca papel do ser humano nas alterações climáticas
Questionado sobre como garantir um impacto positivo na saúde das futuras gerações, ele respondeu: “A garantia do impacto é muito difícil a gente falar que nós estamos garantindo, mas nós estamos trabalhando duramente para isso. Eu acho que isso vem desde a educação”, disse. “A garantia é criar o espaço necessário para a implementação de iniciativas que pretendam buscar mitigar o impacto que vem acontecendo com os desastres, as catástrofes, e o papel do ser humano na modificação para que todas essas alterações climáticas venham acontecer”, disse.
Sidney Klajner também falou sobre a falta de sustentabilidade que as redes hospitalares enfrentam no Brasil. “A sustentabilidade de todo um sistema de saúde é algo que vem sendo motivo de preocupação não só do Brasil, mas principalmente do mundo todo. Hoje em dia a gente sabe que a tecnologia desempenha um papel muito grande na busca de uma medicina mais preventiva”, disse.
“Por exemplo, na região norte, aqui na Amazônia, tem um projeto nosso do Einstein que busca trazer inteligência generativa para diminuir a mortalidade materna. Quer dizer, se trazer a condição de especialista para o médico de atenção primária para poder atender melhor a gestantes”, afirmou.
O secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde da Sespa, Sipriano Ferraz, disse que é preciso aproveitar que a Amazônia está em evidência para poder mostrar ao mundo a realidade de quem vive na região. “Quais são as dificuldades e desafios que enfrentamos no dia a dia. Quem poderia imaginar que o rio Amazonas um dia poderia secar? É seco. Quem poderia imaginar um desastre como o que aconteceu em Porto Alegre? Uma enchente desastrosa. As pessoas têm que ter um pouco de conhecimento da consequência desses eventos climáticos no sistema de saúde”, afirmou.
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