Prefeitura deve ter parceria com Governo do Estado para fiscalizar blocos pré-Carnaval de rua, em Belém
Cooperação está em análise e visa garantir a segurança dos foliões; representantes de blocos de rua tradicionais recomendam fiscalizações
Assim como foi feito durante as férias escolares, a Prefeitura de Belém e o Governo do Pará devem estabelecer uma parceria para manter a segurança sanitária e conter a violência, dessa dez, dos tradicionais blocos pré-Carnaval de rua, que vão às ruas durante os meses de janeiro e fevereiro. No último final de semana, um bloquinho desfilou pela Pedreira, terminando em tiroteio.
O prefeito Edmilson Rodrigues disse, nesta quinta-feira (13), que a segurança dos foliões será mantidas através de algumas estratégias, uma delas que contará com apoio do Centro Integrado de Operações do Pará (Ciop), ligado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio das câmeras de monitoramento espalhadas em diversos pontos da Região Metropolitana de Belém (RMB).
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“Na verdade nós entramos no Ciop, prefeitura e governo não podem impedir uma política de segurança. Se você lembrar, o mês de julho em Mosqueiro era sinônimo de violência e assaltos, com o monitoramento das telas de computadores, oficiais do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil puderam se dividir para monitorar por 24h, até mesmo dentro dos ônibus. Então, se um grupo está tentando fazer algo de errado, estará sendo visto, e esse trabalho deve continuar ao longo do Carnaval”, declarou.
O prefeito também destacou o trabalho da Guarda Municipal de Belém e disse que agentes podem ser distribuídos em áreas específicas, com maior concentração de foliões, conforme o planejamento de segurança. “Como é um número determinado de agentes, às vezes alguns deles poderão ser deslocados para se concentrarem, em um número maior, nas situações que podem redondar em conflitos. Mas os oito distritos têm postos avançados, inspetorias funcionando e, dentro do possível, articulado com o sistema de segurança em geral, a gente virar esse Carnaval sem grandes dificuldades”, afirmou.
Edmilson Rodrigues pediu para que a população da cidade mantivessem os cuidados contra a covid-19 com objetivo de evitar serem contaminados, pois ainda existe o risco de uma terceira onda da doença. A Guarda Municipal de Belém (GMB), por meio de nota, informou que: “as ações a serem realizadas ainda estão sendo debatidas entre os órgãos competentes. Assim que a Guarda estiver com o planejamento fechado, será divulgado. Contudo, a GMB reforça que, de acordo com o decreto municipal, por conta da epidemia de gripe e a pandemia da covid-19, nenhum evento público de Carnaval de rua está autorizado”.
Membro de bloco de rua tradicional recomenda organização
Ruy Martins, assessor de marketing e comunicação do bloco Rabo do Peru, de Icoaraci, recomenda que organizadores de blocos de rua solicitem apoio da prefeitura, antes de saírem às ruas. Ele ressalta que há uma diferença entre blocos de rua tradicionais e os realizados de forma irregular. “Os tradicionais, geralmente, se reuniram previamente com a prefeitura. Nesses casos, por exemplo, os organizadores podem solicitar a presença da Guarda Municipal na segurança do evento, diferente do que fazem os blocos organizados em cima da hora”, diferenciou.
“O Carnaval é uma festa do povo, das famílias, então não é lugar para brigas e violência, ao contrário, é um momento de desconcentração e felicidades. Quem está indo aos blocos com má intenção não está sabendo aproveitar a festividade”, completou. O desfile do bloco Rabo do Peru não está confirmado para esse ano, diz Ruy Martins. Ele conta que uma reunião entre os organizadores da festa com a Prefeitura de Belém ainda deve ser realizada.
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