Prefeitura de Belém continua combatendo focos de fumaça no lixão do Aurá; vídeo

Sesan informou que informou que os “pontos de calor estão controlados e diminuindo a cada dia”

Dilson Pimentel

A Prefeitura de Belém continua atuando para combater os focos de incêndio e de fumaça no lixão do Aurá, no limite entre os municípios de Belém e Ananindeua.

Na manhã desta segunda-feira (2), a reportagem da Redação Integrada de O Liberal acompanhou o trabalho de funcionários de uma empresa que presta serviços à Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), da Prefeitura de Belém.

Esse trabalho era feito na área do lixão localizada na comunidade Santana do Aurá e bem em frente ao prédio de uma escola administrada pela Prefeitura de Belém.

Havia um carro-pipa no local. Os trabalhadores começaram as ações às 8h30 e terminaram às 11h30, quando acabou a quantidade de água transportada naquele veículo - 12 mil litros de água. Um funcionário informou que eles iriam reabastecer o caminhão-pipa e, à tarde, dariam continuidade às ações.

image Funcionários que prestam serviços para a Sesan combateram, na manhã desta segunda-feira (2), os focos de fumaça e incêndio no lixão do Aurá (Ivan Duarte/O Liberal)

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Catadores continuam trabalhando em meio à fumaça

Mesmo em meio à fumaça, os catadores continuam trabalhando no local. É de lá que eles retiraram materiais como ferro e alumínio que são revendidos e de onde tiram o sustento deles e de suas famílias.

Sem se identificar, um desses trabalhadores contou à reportagem que, quando a fumaça estava mais intensa, tão logo que esse problema começou, há 20 dias, eles usavam máscaras para poder trabalhar. Agora, afirmou, a fumaça já não é tão forte quanto antes e eles não usam mais esse acessório.

Aproximadamente 200 pessoas ainda trabalham no lixão do Aurá e a fumaça atinge diretamente em torno de 500 famílias, totalizando duas mil pessoas. É o que informou Sofia Paz. Ela integra o “Pará Solidário”, um grupo organizado da sociedade civil que ajuda a comunidade de catadores do lixão do Aurá e existe desde junho de 2019.

Moradores da comunidade Santana do Aurá, que fica próxima ao lixão, continuam relatando problemas respiratórios, principalmente nas crianças e nas pessoas idosas. A fumaceira no lixão começou há mais de 20 dias e chegou a Ananindeua e a Belém.

image Nesta segunda-feira (2), a Sesan informou que os pontos de calor, “no aterro sanitário do Aurá”, estão controlados e diminuindo a cada dia” (Ivan Duarte/O Liberal)

“Os pontos de calor estão controlados e diminuindo a cada dia", diz Sesan

Nesta segunda-feira (2), e em nota, a Sesan informou que os pontos de calor, “no aterro sanitário do Aurá”, estão controlados e diminuindo a cada dia. Nessas ações estão sendo usados dois veículos de hidrojato, dois carros-pipa e uma escavadeira.

"Vale ressaltar que os focos estão sob a camada de resíduos. Por esse motivo, o trabalho que vem sendo feito é revirar o material com a escavadeira e resfriar com água usando os hidrojatos e/ou os caminhões-pipa”, informou a Sesan.

A Secretaria acrescentou que o Corpo de Bombeiro Militar do Pará, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e a Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) continuam monitorando a situação.

O problema começou ainda em 2022. Moradores da comunidade Santana do Aurá dizem que o fogo e a fumaça começaram no dia 14 de dezembro.

No entanto, o Corpo de Bombeiros Militar informou que o combate às chamas só iniciou dois dias depois. No dia 17, a fumaça começou a chamar a atenção da população de Belém, Ananindeua e Marituba, com cheiro forte de resíduos queimados. A Redação Integrada solicitou um posicionamento do Corpo de Bombeiros e aguarda retorno.

 

 

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