Participantes do BBB têm hábitos alimentares questionados por internautas
Especialista aponta riscos a saúde em casos de dietas muito restritivas
Nos últimos dias, as redes sociais estão repercutindo os possíveis transtornos alimentares de dois participantes da 22ª edição do Big Brother Brasil (BBB). A alimentação de Bárbara Heck e Arthur Aguiar tem preocupado internautas e até mesmo outros participantes do reality show. O público que acompanha a casa tem manifestado nas redes os possíveis diagnósticos de ambos os brothers, o que não é indicado, de acordo com especialistas.
“É muito difícil diagnosticar algum transtorno alimentar ou de saúde apenas pela internet, pois nem todos possuem formação acadêmica para falar sobre temas desse tipo. Para que tenhamos um bom diagnóstico, é necessário ressaltar a importância da equipe multidisciplinar: médico, psicólogo, nutricionista, entre outros. Apenas com o trabalho em conjunto de profissionais qualificados, podemos diagnosticar se há algum transtorno”, destaca o nutricionista André Luiz.
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Muitos internautas apontam que Bárbara, por possuir uma dieta muito restritiva, pode ter algum tipo de transtorno alimentar ou de imagem. Já no caso de Arthur, telespectadores apontam uma possível compulsão alimentar, visto que o brother está comendo, de forma exacerbada, alimentos que estão fora da dieta que o mesmo seguia fora da casa.
Segundo o profissional, dentro da casa do BBB, alguns participantes podem sofrer variações emocionais devido a pressão do jogo. “A situação em si pode ocasionar a perda ou aumento da fome. Em relação a ausência de apetite frequentemente devemos ficar atentos. Porém, as necessidades calóricas de cada um é feita com uma avaliação criteriosa de profissionais da área. No caso da Bárbara e do Arthur, seria importante a equipe de saúde do programa acompanhar o caso, para identificar possíveis riscos de transtornos alimentares”, diz o nutricionista.
A assessoria da participante Bárbara negou que a mesma tenha algum tipo de transtorno alimentar. Em nota, a equipe informou que a sister faz acompanhamento médico e tem boa saúde. Porém, André Luiz reforça que dietas muito restritivas podem ser prejudiciais. “O nutricionista deve adequar a alimentação conforme os objetivos do paciente, priorizando sua saúde. Dietas muito restritas tendem a ser prejudiciais. No caso do Arthur, esse quadro de comer de forma exacerbada, pode sim ser em decorrência a dietas muito restritivas, porém apenas a avaliação profissional poderá definir”, ressalta.
O nutricionista reforça que os transtornos alimentares e/ou de imagem, normalmente, vêm em conjunto com alguns sinais. “A equipe multidisciplinar irá avaliar os sinais que o paciente dá. Por exemplo, a constante busca por alimentos de baixa calorias, preocupação elevada com o peso, medidas, vestimentas. Outro fator, é a pessoa sempre comer pouco ou não comer com medo de mudanças de peso. Além desses, outros pontos também são observados pelos profissionais”, destaca.
"Deve-se evitar dietas muito restritivas, tentar balancear sua alimentação e buscar encaixar alimentos que sejam de sua preferência. Devemos sempre nos atentar a mudança do consumo alimentar e a questões características como preocupação exagerada pelo peso ou medidas e procurar sempre acompanhamento profissional”, conclui o nutricionista André Luiz.
(Bruna Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Jorge Ferreira, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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