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Parada LGBTQIAPN+ em Belém celebra a diversidade e cobra políticas públicas de inclusão

Foram oito meses de preparação para o evento. Centenas de pessoas estiveram reunidas nas ruas da capital paraense para festejar

Camila Azevedo
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Símbolo de resistência para a comunidade LGBTI+ do Pará, a 22ª Parada do Orgulho reuniu centenas de pessoas pelas ruas de Belém neste domingo (29). A concentração foi na avenida Visconde de Souza Franco e o percurso seguiu caminho até o complexo Ver-o-Rio. Além de celebrar a diversidade, o evento também foi palco de pedidos de visibilidade e criação de políticas públicas inclusivas. 

A organização da Parada teve um trabalho que durou oito meses para que a manifestação fosse uma realidade na capital paraense. O fotógrafo e coordenador do evento, Jenverson Garcia, de 40 anos, diz que existiram dificuldades no processo e muitos deles ligados à falta de apoio do poder público e da sociedade. “Mas como a nossa parada fala sobre resistência e a gente é um povo resistente , a gente não desistiu, progrediu, foi pra frente e conseguiu”.

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O momento é de festa, afirma Jenverson, mas também serve para informar. “A parada de Belém é pioneira, é exemplo para outras. Hoje, temos caravana de Tailândia, Abaetetuba e Moju. Aqui é referência, tudo que acontece aqui, eles usam como exemplo nas suas paradas. Então, esse momento é de suma importância. Além de tudo isso, a gente fala com nossos LGBTs para [orientar] onde eles vão quando sofrem homofobia, quem eles procuram”.

Comunidade pede mais oportunidades

De acordo com Bárbara Pastana, presidenta do movimento LGBT do Pará, manifestações como a Parada são fundamentais para debates que envolvem a população. “Principalmente para a população trans fazer um debate sobre empregabilidade. Nossa população está fora do mercado de trabalho, sem políticas públicas afirmativas que garantem direitos à elas ingressarem nesse meio”, lamenta.

“Manifestações como essa, como a marcha do orgulho lésbicas, orgulho trans, são necessárias para que a sociedade entenda que essa população existe, persiste e resiste todos os dias. Eu espero que tomem consciência e percebam o quanto é difícil para uma população LGBT fazer qualquer manifestação. As manifestações estão fragilizadas por falta de apoio, tanto do próprio governo, quanto da sociedade, que não incentiva”, diz Bárbara.

Esperança

Gleyson Oliveira, vice-presidente da Organização Não Governamental (ONG) Olivia, espera que Paradas como a realizada neste domingo tragam efeitos práticos para a população LGBT. “Que não seja necessário sempre um de nós, na luta, ter que tombar para que consigamos novas vitórias. A ONG tem sido importante no que tange a saúde mental das pessoas LGBTQIA+, oferecemos atendimentos cruciais e gratuitos para essa população”, completa.

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