Outubro Rosa: câncer de mama também pode afetar cães e gatos; veja como prevenir

Fatores que contribuem para o surgimento da doença vão desde a idade avançada até o uso de anticoncepcionais, pseudociese e a não castração dos animais

Gabriel Pires

O câncer de mama, trazido para debate durante a campanha Outubro Rosa, já é bastante difundido entre as mulheres. Apesar de ser pouco discutido, esse tipo de câncer também pode atingir cães e gatos fêmeas com uma incidência expressiva. Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alertam que esse tipo de câncer acomete pelo menos 45% das fêmeas caninas. No caso das gatas, a doença se manifesta em cerca de 30% desses animais e, em 5% dos casos são diagnosticados tumores malignos.

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A veterinária especialista em oncologia animal, Thamirys Faro, de Belém, explica que o surgimento do câncer é mais recorrente em cadelas do que em gatas. Os fatores para o desenvolvimento da doença vão desde a idade avançada até o uso de hormônios exógenos (como os anticoncepcionais), a pseudociese (falsa gestação) e a não castração desses animais.

Todas as pets fêmeas podem ser acometidas pelo problema, mas, segundo a especialista, animais pequenos representam 50% dos casos. Já os sinais de que algo não vai bem com a saúde desses bichinhos são vários: “Os sintomas podem iniciar com o surgimento de nódulos, vermelhidão ou secreção de uma das mamas. As gatas e cadelas também podem ter perda de apetite e ficarem mais prostradas. Algumas raças são mais predispostas, como Poodle, Dachshund, Pastor Alemão e Labrador”, alertou Thamirys.

Diagnóstico

Ao identificar esses sinais, é essencial que o tutor leve o animal ao veterinário, uma vez que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura. “Esse profissional irá solicitar exames necessários para fechar o diagnóstico. Depois disso, deve-se encaminhar o caso para um médico especializado em oncologia veterinária para dar continuidade no tratamento do animal”, afirmou.

“O exame que fecha o diagnóstico é o histopatológico, onde o patologista veterinário verifica a origem tecidual do tumor. Diagnósticos por imagem como ultrassom abdominal, radiografia torácica e tomografia são importantes para estadiamento tumoral, para verificar a presença de possíveis metástases”, detalha Thamirys sobre o processo de investigação da doença.

Prevenção

Um animal com a saúde em dia e equilibrada é um pet com maior qualidade de vida. E esses cuidados devem ser mantidos por meio de consultas periódicas com o veterinário, ressalta Thamirys. Essa medida é indispensável para a prevenção do câncer.

“A principal forma de prevenção é através da castração das fêmeas, a partir de 6 meses. Exames de sangue e de imagem devem ser realizados pelo menos uma vez ao ano”, frisou a especialista.

No entanto, ela explica que a doença não é uma exclusividade das fêmeas. O câncer de mama também pode se desenvolver em cães e gatos machos. “Os machos também podem ser afetados em uma porcentagem bem menor, de 1%, e geralmente está relacionado a processos neoplásicos testiculares”, explicou Thamirys.

Cuidados fazem parte da rotina dos tutores

O amor e o carinho pelos pets se reflete no cuidado que os tutores têm com seus animais. Quem não abre mão desse zelo é a estudante Maria Eduarda Moura, de 23 anos. Ela é tutora de três gatinhas e uma cachorrinha da raça Shih Tzu

“Eu compro uma ração boa, tento manter elas dentro de casa. Costumo levar no veterinário de dois em dois ou de três em três meses. E sempre mantenho as vacinas em dia. Elas nunca tiveram complicação com a saúde da mama, é um fator para o qual eu sempre estou atenta. A minha cachorrinha tem um ano e eu pretendo castrá-la em breve para evitar o risco de uma doença na mama”, diz Maria Eduarda.

image Cuidados são essenciais com os pets (Thiago Gomes / O Liberal)

A relação de Maria Eduarda com os pets é repleta de afeto. Não é à toa que ela sempre gostou de ter animais em casa. “Eu sempre gostei muito de gatos, sou uma apaixonada pelos felinos. Quando eu morava com a minha avó ela não deixava que eu pegasse gatos pra ter em casa. Então, quando eu via algum de rua eu levava pra casa, falava que era só pra cuidar até ficar bom”, comentou.

(*Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

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