Outeiro tem praias lotadas: banhistas e comerciantes comemoraram retomada do movimento

A procura pelas praias de Outeiro foi grande neste último domingo de julho (31). Para banhistas e comerciantes, o clima era de animação pela retomada do lazer e das vendas, após a liberação do acesso de veículos pela ponte que leva ao distrito. 

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O acesso de veículos à Ilha de Outeiro, via estrada do Maracacuera, era lento no final da manhã. Agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar do Pará (PMPA) orientavam e faziam a segurança dos motoristas que trafegavam pela ponte Enéas Martins. Por conta da liberação parcial da estrutura, a entrada de automóveis foi permitida de forma regulada, provocando longo congestionamento. A situação não foi muito diferente no começo da tarde. 

Último fim de semana foi comemorado pelos comerciantes da Ilha (Cristino Martins / O Liberal)

A família Barros chegou cedo à praia Grande, por volta das 7h30, com objetivo de arrumar um bom local para armar uma tenda, próximo ao palco onde seria realizada uma programação com música e dança, promovida pela Prefeitura de Belém. Ana Célia Barros, 62 anos, é moradora de Outeiro, mas durante o mês, ela e seus familiares não deixaram de aproveitar os finais de semana na própria ilha.  

“Sou moradora daqui e gosto de aproveitar as coisas boas. Outeiro tem muitas coisas boas como o nosso brega, praias maravilhosas, gente feliz, fora que os preços aqui não são caros como em outros lugares”, disse Ana Célia Barros. Com cerca de 30 integrantes, a família de Ana Célia aproveitou o momento de lazer e descontração para promover  brincadeiras entre as crianças e um almoço com direito a bastante churrasco e bebidas, como ela mesma frisou. 

O dia também foi proveitoso para a artesã Vilma Lima, 50 anos. Ela e a família estiveram presentes em todos os finais de semana de julho na ilha para faturar com a comercialização de artigos de praia. Os produtos foram expostos em seu carro, o que permitia que a vendedora pudesse mudar de uma praia a outra a qualquer momento. Ela diz que a atividade começa às 7h30 e não tem hora para parar, ou seja, só termina de fato quando a clientela deixa de fazer compras.  

“Eu trabalho com artesanato na praça da República, mas durante as férias decidi vir para cá, aos sábados e domingos, para ganhar um dinheiro a mais. Trouxe vários artigos que eu mesma produzi e também compramos outros produtos de praia para serem vendidos aqui.A renda durante o mês foi razoável, as mercadorias que tiveram maiores demandas foram as saídas de praia e os biquines”, contou a vendedora. 

Quem também elogiou a movimentação de clientes na ilha foi a cozinheira Rita Aragão, 41 anos, que trabalha em um bar e restaurante na praia Grande.  “Esse último final de semana está sendo muito bom. Ao todo, julho foi um mês razoável para gente que trabalha com esse ramo. Primeiro, o problema da ponte nos afetou logo no começo, mas depois com a liberação parcial as coisas melhoraram de certa forma”, disse a trabalhadora. 

Em relação a casos de afogamento ou crianças desaparecidas na praia Grande, até o começo da tarde não havia nenhuma ocorrência, segundo informou o tenente Nelson Paixão, do Corpo de Bombeiros. “Não tivemos nenhum registro grave até agora e esperamos que continue assim ao longo do dia. A maior dificuldade apresentada é quando a maré está cheia, provocando grande concentração de banhistas, mas nós já distribuímos mais de 100 pulseirinhas para ajudar os pais a localizarem seus filhos”, afirmou. Ao todo, cerca de 22 bombeiros atuaram no domingo (31), em Outeiro, com o suporte de dois botes infláveis e uma ambulância de emergência.