Mosqueiro teve maior movimento nas praias de todo o mês de julho
Orla do distrito estava lotada, com grande procura de famílias. Vendedores e comerciantes comemoraram
O último final de semana das férias de julho foi o mais movimentado no distrito de Mosqueiro, em Belém, segundo comerciantes locais e autoridades de segurança pública. Neste domingo (31), a praia do Chapéu Virado estava lotada e com banhistas ocupando grande parte da faixa de areia. O trânsito na área de acesso às principais praias estava lento e a concentração de pedestres nas ruas ficou intensa a partir das 13h.
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Na praia do Chapéu Virado, uma das mais procuradas durante o veraneio, desde o início da manhã a movimentação foi grande. Para o vendedor ambulante de bebidas Ademir Pinheiro, que trabalha no local há mais de 15 anos, este foi o final de semana em que mais vendas foram realizadas. "Esse domingo foi o mais movimentado do ano. Até agora eu já vendi metade dos produtos e, com certeza, daqui para o final da tarde eu vendo tudo. Ainda vai chegar mais gente", comemorou.
Logo no início da praia, a tenda montada pela família Luz chamava a atenção por conta da animação. O taxista Luiz Antônio contou que sempre que pode, costuma ir com os familiares e amigos a Mosqueiro. "Nós já estamos aqui há 15 dias. Alugamos uma casa para ficar hospedados, e vamos retornar para Belém ainda hoje, no final da tarde", disse. "O que eu mais gosto aqui é reunir com as pessoas que eu amo. Mosqueiro é um lugar próximo de casa, movimentado e muito animado".
O restaurante Lambreta é um dos mais movimentados do bairro Chapéu Virado, e também estava lotado no final da manhã deste domingo (31). O proprietário do local, Walter Cercal, é natural de Curitiba, no Paraná, e mora em Mosqueiro, onde também trabalha, há 17 anos. Ele também acredita que este último final de semana de julho foi o mais movimentado do veraneio. "Com certeza este foi um dos melhores finais de semana. Este ano, em especial, foi bastante tranquilo, apesar de algumas brigas que presenciamos na praia nos últimos dias", contou.
Durante a pandemia de covid-19, o restaurante precisou fechar as portas, mas continuou funcionando apenas com o serviço de entregas. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das medidas de segurança, o movimento voltou a crescer, mas somente agora, em julho de 2022, está voltando a ser como era antes do coronavírus e, para Walter, isso ocorre também graças ao potencial enorme que Mosqueiro tem para o turismo. "Nós estamos à beira da Baía do Marajó, e nós temos verão o ano todo. Chove menos, mas eu abro todos os dias do ano", destacou.
Já por volta das 14h, a chuva começou a cair, mas isso não desanimou o porteiro Jorge Edivaldo, que estava acompanhado da esposa e de amigos no Chapéu Virado. "Nós viemos hoje para Mosqueiro, e estamos adorando, a praia está maravilhosa, este é o domingo mais agitado. A gente gosta mesmo é de comer a nossa farofa de frango, tomar um banho, pegar um sol. Eu frequento aqui há muitos anos e esta é a minha praia preferida. Mosqueiro é uma ilha gostosa, tem tudo, e mesmo na chuva, vamos curtir até o final do dia", disse, aos risos.
15ª edição da Parada LGBTQIA+ movimentou frequentadores de Mosqueiro
Também neste domingo, ocorreu a 15ª edição da Parada LGBTQIA+ de Mosqueiro. A concentração começou a partir de meio dia, na rua Comandante Eurico Romariz, no bairro do Chapéu Virado. O percurso do trio elétrico estava previsto para sair às 16h, e chegar às 19h na praça do bairro do Aeroporto. Segundo o coordenador-geral do evento, Eloy Iglesias, a expectativa era de que pelo menos 100 mil pessoas comparecessem.
"Desde a primeira edição da parada LGBTQIA+, há 15 anos, nós viemos crescendo e empoderado as pessoas de Mosqueiro. É importante hoje falar que existe uma criminalização da homofobia, que existem os direitos dos LGBTs à educação, ao seu emprego, ao seu espaço. LGBT pode estar em qualquer lugar. A forma da gente lutar é com alegria, com amor. As paradas não são carnavais fora de época. São espaços para que possamos garantir nossas conquistas. Nós temos apoio dos nossos parceiros: o Governo do Estado do Pará, a Prefeitura de Belém, a Polícia Militar, Bombeiros, Agência Distrital, entre outros", concluiu Iglesias.
Ocorrências de crianças desaparecidas crescem aos finais de semana
Na tenda do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) instalada na praia do Chapéu Virado, no momento em que a reportagem se aproximava, uma criança que havia desaparecido foi localizada. Ainda muito abalada, a mãe não quis dar entrevista, mas de acordo com o tenente Mauro, que atendeu a ocorrência, esta é uma situação ainda muito comum. Somente neste último final de semana, 15 crianças se perderam dos pais nas praias de Mosqueiro. Também houve registro de uma criança afogada, mas ela foi resgatada e socorrida com agilidade.
"Este é o último final de semana e, naturalmente, o mais movimentado. A gente percebe a alta concentração de público, então a gente dá esse auxílio para a sociedade. Nós reforçamos a necessidade dos pais virem aqui nas nossas barracas, no Chapéu Virado e no Farol, pra poder colocar a pulseira de identificação da sua criança, com telefone de contato, e aos banhistas, caso avistem uma criança desaparecida, que tragam aqui pra gente. Lembramos que crianças não podem ficar sozinhas na água, sempre a um braço de distância, é responsabilidade dos pais fazer esse controle", pontuou o tenente Mauro.
Na Seccional Urbana da Ilha de Mosqueiro, na avenida 16 de setembro, de acordo com a delegada de plantão, Luzia Negrão, a única ocorrência relevante registrada neste domingo foi a prisão do condutor de uma motocicleta por alcoolemia. Ele estava pilotando o veículo no Murubira, quando caiu e se lesionou. Com sinais claros de embriaguez, ele foi conduzido para a delegacia depois de ser socorrido. No local, ele se recusou a fazer o teste do etilômetro, e ficou detido.
Já na barreira do Departamento de Trânsito do Estado do Para (Detran), na estrada de Mosqueiro, segundo o agente Rafael, o final de semana foi considerado tranquilo. Não houve registro de nenhum acidente. Mas uma pessoa foi detida por embriaguez ao volante - quando o volume de álcool no sangue é igual ou superior a 0,34 mililitros por litro - e teve que pagar fiança para não ser encaminhada à penitenciária. Um outro condutor foi autuado por cometer a infração de dirigir sob efeito de álcool. Ele foi multado e teve o carro apreendido.
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