Onde comer: conheça o restaurante popular de Belém; refeições custam R$ 2

Nova empresa assumiu o espaço nesta segunda. E, pelos próximos 15 dias, os usuários receberão a refeição em quentinhas, devido a serviços de manutenção do prédio

Dilson Pimentel
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Onde comer? Onde tem restaurante popular em Belém? Onde tem comida boa e barata em Belém? Estas são algumas das perguntas comuns de quem chega ou de quem mora na cidade e quer comer em um restaurante com preço que caiba no orçamento. Sentado na calçada, o carpinteiro Manuel Domingos Navegantes, 65 anos, comeu a quentinha e elogiou o cardápio. Morando no Jurunas, ele havia acabado de receber a sua refeição no Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota, da Prefeitura de Belém. 

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Frequentando o local há seis meses, Manuel disse esperar que essa qualidade seja mantida de agora em diante. “A primeira empresa botava frango com couro, cabeça... Essa aí entrou hoje e tá melhor Tá boa a carne, tá bom o peixe”, afirmou. Sentado ao lado de Manuel, e chupando uma laranja, Ricardo Sarmanho, 57 anos, também gostou da refeição. “É tipo assim: começo de namoro. Vamos ver depois”, completou ele, que frequenta o restaurante há mais de três anos. Reparador de carros, ele mora em São Brás e também torce para que seja mantido esse padrão de qualidade na alimentação.

"A gente quer proporcionar um sabor mais caseiro, mais saudável, para que todo mundo, quando vier se alimentar no restaurante, se sinta em casa. Tenha aquela memória de 'ah, minha mãe cozinhou pra mim'" - Aldenize Brandão, diretora técnica da empresa CZN Alimentação.

A entrada da nova empresa, que substitui a prestadora anterior do serviço, foi marcada por um cardápio especial e a aplicação de uma pesquisa de satisfação dos usuários, além dos serviços de limpeza completa. O Restaurante Popular fornece refeições prontas com valor subsidiado pela Prefeitura e, por isso, o preço do prato sai a R$ 2 para a população que procura o serviço, situado na rua Aristides Lobo, 290, no bairro da Campina. Em média, o RP serve 1.100 refeições por dia, sempre no horário do almoço, de segunda a sexta-feira, das 10 às 11 horas. para o público de prioridade (idosos, gestantes, lactantes e pessoas com deficiência). E, para os demais usuários, até 14 horas.

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Diretora técnica da empresa CZN Alimentação - que assumiu a administração do espaço, após vencer o pregão eletrônico realizado pelo Banco do Povo de Belém -, Aldenize Brandão falou sobre o cardápio. “Hoje estamos com peixe crocante, uma de nossas especialidades, e a nossa carne assada de panela recheada com cenoura. A gente quer proporcionar um sabor mais caseiro, mais saudável, para que todo mundo, quando vier se alimentar no restaurante, se sinta em casa. Tenha aquela memória de “ah, minha mãe cozinhou pra mim”. A gente quer resgatar essas memórias’, disse.

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A equipe descascou as laranjas e as colocou para gelar, para ficar melhor a sobremesa. Ainda segundo ela, o diferencial da nova empresa é usar equipamentos mais modernos. A meta é produzir mais rápido e, assim, atender um número maior de pessoas. Fiscal do restaurante, Alfredo de Beijer disse que a expectativa é que a nova empresa preste um serviço com mais qualidade, com comida mais saborosa, com mais segurança, e também já pensando em expandir  o atendimento, aumentando a quantidade de refeições ofertadas. Para manter a qualidade do cardápio, ele disse que a fiscalização da prefeitura será “ferrenha”.

Usuários receberão a refeição em quentinhas e não comerão no restaurante

Pelos próximos 15 dias, os usuários receberão a refeição em quentinhas, devido a serviços de manutenção do prédio. Portanto, o consumo não poderá ocorrer dentro do salão do restaurante, como ocorreu entre os meses de fevereiro e julho de 2021, devido à pandemia. Os usuários terão que apanhar a quentinha para levar.

O Restaurante Popular foi implantado na gestão do ex-prefeito Duciomar Costa a partir de uma política de segurança alimentar com recursos federais, mas não sofreu investimentos desde então. “Estamos buscando a prestação de um bom serviço e com custo equilibrado, inclusive, reduzimos o custo com a licitação que fizemos”, disse, ainda, a coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão. O prédio também necessita de uma reforma para oferecer instalações dignas à população, acrescentou. A previsão é que a licitação para a obra seja aberta no próximo mês de março.

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A CZN Alimentação, do Amapá, venceu a concorrência com o menor preço de R$ 6,28 por refeição. Enquanto prestadora anterior, do Piauí, cobrava R$ 9,10 desde o contrato iniciado na gestão do ex-prefeito Zenaldo Coutinho. O contrato com a CZN no valor de R$ 1.989.504,00 tem vigência de 12 meses para que a empresa faça a gestão e o fornecimento de 316.800 refeições prontas, balanceadas e de qualidade com 600 a 800 calorias cada. Além das refeições, a contratada tem a responsabilidade de fornecer equipamentos, funcionários e segurança, além de fazer a limpeza e manutenção do prédio do restaurante. Para isso, a empresa contratou 19 funcionários em Belém.

Uma pesquisa de satisfação começou a ser aplicada na terça-feira (25), com o objetivo de monitorar a opinião dos frequentadores sobre o serviço prestado pelas duas empresas. Os questionários estão sendo aplicados cotidianamente, até os primeiros dias da administração da CZN, pelos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e da Coordenação de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (Copsan), da Prefeitura.

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