‘Mulher do Táxi’ faria 107 anos nesta quarta-feira (19) e suposta ‘aparição’ é assunto na web

A jovem gostava tanto de andar de carro, que todos os anos o pai lhe dava de presente de aniversário uma volta pelos principais pontos turísticos de Belém

O Liberal

Se ao passar em frente ao cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém, nesta quarta-feira (19), você avistar uma moça à espera de um táxi, não precisa ficar assustado. É que hoje, se estivesse viva, Josephina Conte, uma das lendas mais conhecidas do imaginário popular paraense, estaria completando 107 anos. Sim, estamos falando da famosa “Moça do Táxi”.

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Ao longo do dia não se falava em outro assunto nas redes sociais que não fosse a suposta aparição da moça, que deveria, segundo a lenda, ocorrer nas próximas horas da noite. Relembre detalhes dessa lenda urbana:

A jovem gostava tanto de andar de carro, que todos os anos, no dia de seu aniversário, o pai de Josephina lhe dava de presente uma volta pelos principais pontos turísticos de Belém em um carro de aluguel. Lamentavelmente, a jovem faleceu vítima de tuberculose com apenas 16 anos, no dia 16 de agosto de 1931. A partida precoce da filha foi algo muito difícil para toda a família, especialmente para o pai, Nicolau, um rico imigrante italiano que era dono de uma fábrica de calçados chamada Boa Fama. 

Segundo a lenda, depois de sua morte, o espírito de Josephina passou a aparecer para os motoristas. Inicialmente para os de carros de aluguel, e depois, quando do surgimento dos táxis em Belém, para os motoristas de praça. Diz a lenda que ela costumava apanhar um veículo no dia do seu aniversário, pedia para dar uma volta pela cidade e depois solicitava ao motorista que fosse cobrar o valor da corrida de seu pai, fornecendo o endereço da residência da família para que a conta fosse paga.

Sem desconfiar de nada, os motoristas costumavam acatar o pedido de Josephina, e, ao chegar no local indicado, quando iam cobrar o valor da corrida, descobriam que a passageira transportada na noite anterior já havia morrido e ficavam traumatizados. 

De acordo com alguns relatos, nem sempre o endereço onde Josephina pedia para ser deixada era o mesmo. Em 1996, um taxista afirmou tê-la deixado na Avenida Generalíssimo Deodoro, no bairro do Umarizal. Já outro, contou que a moça havia desembarcado próximo do final da Avenida Gentil Bittencourt, um pouco depois do cruzamento com a Avenida José Bonifácio. Uma sobrinha relatou que certa vez um motorista bateu na porta da casa de sua tia, irmã de Josephina, para cobrar uma corrida. A senhora, residia nas proximidades da Praça da República.

O que se sabe é que ao longo das décadas essa lenda continuou se perpetuando e, como bons galhofeiros, os paraenses mais zoeiros dizem que agora, em vez dos taxistas, Josephina pode aparecer para um motorista de aplicativo.

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