Maioria dos leitores de O Liberal defende impeachment para político que não paga médicos

Denúncias de problemas na gestão da saúde em Belém se acumulam e população cobra punição

Fabrício Queiroz
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A enquete realizada pelo Grupo Liberal nesta semana mostra que os leitores consideram o impeachment a punição mais adequada para ocupantes de cargos públicos que não pagam os salários dos servidores da área da saúde. A opção foi a mais votada no tanto no portal OLiberal.com quanto no Twitter, com 60% e 61%, respectivamente. De acordo com a Constituição Federal, o político que sofre o impeachment é destituído do cargo e fica impossibilitado de exercer funções públicas pelo período de oito anos.

Na pesquisa, O Liberal perguntou “O que deveria acontecer com o político que paga empreiteiras, mas deixa de pagar os médicos?”. As opções disponíveis eram “Sofrer um processo de impeachment”, “Sair do cargo por respeito à população” e “Ser processado pela justiça”.

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No Instagram, as respostas dos seguidores foram mais divididas, mas a maioria selecionou a opção que dizia que os políticos que não honram os pagamentos dos salários devem ser processados. No total, 38% escolheram essa opção, enquanto 31% votou em cada uma das outras duas alternativas.

A judicialização desses casos foi escolhida ainda por 31,43% dos votantes no portal e 15% no Twitter. Na mesma plataforma, a saída do cargo foi defendida por 24% dos seguidores, enquanto que no portal essa foi a opção escolhida por 8,57% dos leitores.

Além de votar, alguns leitores justificaram suas escolhas. “Impeachment e processos. São muitos os empréstimos, péssimas alocações do dinheiro e poucos serviços de infraestrutura”, disse Ricardo Melo (@micmmelo) em um comentário.  Já Elaine Siqueira (@e.sousa.siqueira) argumentou. “1 e 3. Se a verba vem para a saúde pública, tem que ser aplicada na saúde pública”.

Em reportagem publicada na edição deste domingo, o jornal O Liberal mostrou que Belém enfrenta um cenário de inúmeras irregularidades na gestão da saúde. O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) denunciou que há unidades de saúde na capital que funcionam com apenas um médico na escala durante o plantão de 12 horas. Há também informações sobre a ausência de enfermeiro-chefe em uma unidade do distrito de Icoaraci.

Os problemas na área atingem ainda outras categorias, pois segundo o Sindicato dos Trabalhadores (Sinelpa) e o Sindicato dos Vigilantes do Pará (Sindivipa), as empresas terceirizadas estariam entre oito e 10 meses sem receber da Prefeitura de Belém, o que prejudica a manutenção da folha de pagamento. Além disso, a capital tem convivido com paralisações de diversos profissionais desde setembro de 2022. Esses e outros problemas são apurados pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

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