João Alfredo não vai ficar como está, garante presidente da Fumbel

Fundação está fazendo um levantamento completo dos prédios históricos e projetos pendentes, além das condições do equipamento cultural da capital

Victor Furtado
fonte

A rua Conselheiro João Alfredo, uma das mais históricas e características da capital paraense, deve voltar a ser como era. A previsão é de Michel Pinho, historiador e atual presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). O serviço, iniciado na gestão anterior, está sendo reavaliado e teve um estudo prévio, que apresentava a possibilidade de reversibilidade. Há ainda um estudo completo sendo feito com todos os prédios públicos históricos da cidade, que deve ficar pronto no segundo semestre.

A poucos dias do final da gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB), a obra do pavimento de concreto sobre o estilo original da João Alfredo chamou a atenção de trabalhadores da área e historiadores, como o próprio atual presidente da Fumbel. "A obra foi feita pela Sesan (Secretaria Municipal de Saneamento) em conjunto com outros órgãos e acompanhada pelo DPH (Departamento de Patrimônio Histórico). Um estudo foi feito e que apresenta a reversibilidade e possibilidade de voltar ao traçado original, o que me alegra. Como está, não vai ficar", adiantou.

No final de 2018, a antiga gestão tapou completamente o acesso à Estação Gumercindo Rodriguez, um museu que fica num casarão histórico, dedicado ao clássico modelo de transporte de Belém, o bondinho. A justificativa era de preservar o local do vandalismo e que a prefeitura faria um restauro. Mas, à época, não deu detalhes.

image A Estação Gumercindo Rodriguez, que abriga o bondinho e um museu, atualmente estão inacessíveis ao público após ter as entradas tapadas por concreto (Igor Mota / O Liberal)

Pinho observa que a situação da estação do bondinho e o museu que lá existe estão nesse levantamento dos prédios históricos e equipamentos públicos. Porém, já afirma que há registros documentais de que a situação de alguns desses locais estão com sinais graves de abandono. E algumas obras de restauro não contemplam o que deveriam. Uma delas, cita, é o Museu de Arte de Belém (MAB), que funciona no palácio Antônio Lemos.

"Foi uma reforma apenas na parte elétrica e que não contempla a parte hidráulica e museológica, por exemplo. Essas são algumas das prioridades. Mas a mais urgente, que é algo que me preocupa, é o esvaziamento do equipamento municipal de cultura. Poucos servidores, poucos recursos... via de regra, está ruim devido aos prejuízos acumulados nos últimos 16 anos", concluiu Pinho.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM