Icoaraci: flutuante afunda e afeta as travessias; confira as mudanças
Caso ocorreu na manhã desta terça-feira (14/06). Passageiros caíram na água, mas não houve feridos
O flutuante do trapiche municipal de Icoaraci, distrito de Belém, afundou na manhã desta terça-feira (14). Ninguém se machucou, mas alguns passageiros acabaram caindo na água. Enquanto a maré estiver cheia, os embarques continuarão sendo feitos pela lateral do trapiche apenas com destino à ilha de Cotijuba. Os demais destinos estão com a travessia suspensa e os passageiros estão sendo encaminhados para o porto da 7ª rua, para a travessia por balsas.
Um trabalhador da área, que preferiu não se identificar, relatou que o flutuante já vinha apresentando problemas há muito tempo e que a Cooperativa dos Barqueiros da Ilha de Cotijuba (Cooperbic) costumava fazer reparos na estrutura: "Esse flutuante já estava com problema, já estava furado e com rachaduras. A Cooperbic estava sempre costurando. Eu pensei que, com a chegada dessa empresa, a Bom Jesus, que faz o transporte Icoaraci-Outeiro-Icoaraci desde que aconteceu o problema com a ponte, isso fosse ser ajeitado", comenta.
O trabalhador disse, ainda, que desde a tarde de segunda-feira (13) já era possível perceber que o flutuante não estava normal, mas nenhuma providência foi tomada: "Ontem à tarde quando passei já estava com bastante água e agora de manhã ele amanheceu no fundo. Eu passei por lá agora, às 6h30, e o povo está usando barcos para cruzar da ponte ao trapiche".
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Transtorno pegou passageiros de surpresa
Não é a primeira vez que o flutuante afunda, em Icoaraci. Mais recentemente, ocorreu no dia 30 de junho de 2021. E outro registro desse tipo de acidente foi em janeiro de 2019. Em nenhum dos casos, houve feridos. Mesmo assim, o problema enfrentado nesta terça-feira pegou muita gente de surpresa.
A dona de casa Rosenilda Paiva, de 56 anos, disse que saiu de Cotijuba para fazer compras em Icoaraci, por volta das 6h, e foi surpreendida com a situação: "Me arrumo para sair de casa e quando chego, dou de cara com isso aí! O barco teve que pegar a gente ali de cima do flutuante grande e trazer até a escada. A gente foi se segurando para subir. E a travessia está demorando muito mais que o normal, porque já era para eu estar lá do outro lado".
Para Elen Sinara Teixeira, de 24 anos, apesar de não esperar o transtorno, o problema não foi uma novidade: "Não é a primeira vez que acontece. Outra vez que aconteceu a mesma coisa, chegou a cair uma pessoa da ponte. E aí eles aumentam a passagem, mas a qualidade do transporte não melhora".
Além da recorrência do problema e do aumento do tempo de espera para embarque e saída das embarcações, o acesso aos barcos também ficou dificultado, uma vez que a escada do porto não tem o patamar no mesmo nível das embarcações, tornando o acesso mais difícil para pessoas idosas, ou com mobilidade reduzida.
Travessia está sendo feita apenas para Cotijuba
De acordo com o chefe da divisão hidroviária da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Bruno Monteiro, as travessias no trapiche de Icoaraci continuarão sendo feitas apenas para a ilha de Cotijuba. Pessoas que precisem atravessar para as demais ilhas, como Outeiro, por exemplo, terão que se dirigir ao porto da 7ª Rua:
"A linha de Cotijuba está sendo feita pela lateral do trapiche, já a linha da prefeitura, que é por navio, por enquanto está cancelada, até o pronunciamento do Seurb sobre o beneficiamento que será feito ali. A linha que estava sendo feita temporariamente para Outeiro, centralizamos apenas na 7ª Rua, porque a embarcação não tem como se aproximar pela lateral do trapiche".
Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informou que "...uma equipe técnica do departamento de obras já está no local analisando a situação e tomando todas as medidas necessárias para solucionar o problema o mais rápido possível". Entretanto, enquanto a equipe de reportagem de O Liberal esteve por lá, não havia equipe da Seurb presente.
O chefe da divisão hidroviária da Semob informou que a equipe da Seurb já havia sido acionada, mas ainda deveria demorar a chegar ao local: "Eles precisam que a maré baixe, para que o flutuante possa aparecer e eles possam realizar o trabalho". Um agente da Defesa Civil, que fazia vistoria no local, chegou a dizer que a equipe da Semob só chegaria ao trapiche por volta das 14h, quando o nível do rio estará mais baixo.
Matéria em atualização, acompanhe!
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