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Grito dos Excluídos começa com ato inter-religioso em Belém; vídeo

Manifestação que reúne movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais na luta pela democracia é tradição na semana da Pátria

O Liberal

O Grito dos Excluídos, que reúne movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais na defesa de pautas relacionadas especialmente à democracia na semana da Pátria, começou em Belém por volta das 9h08, em frente ao colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, no bairro de Nazaré, com um ato inter-religioso.

Essa manifestação ocorre em várias cidades do Brasil e tem como ápice a manhã desta quarta-feira (07), por conta do feriado da Independência. Na capital, os participantes montaram faixas e cartazes com as seguintes frases: "o preço do gás é um roubo" e "o preço da luz é um roubo". Os participantes também gritam: "Vida em primeiro lugar!".

A concentração foi organizada toda em frente ao Marista. Em seguida, a programação seguiu com uma caminhada do trecho do Marista, pela avenida Nazaré e avenida governador Magalhães Barata, até o Mercado de São Brás.

De acordo com Jorge André, integrante da coordenação do ato, a ideia é cobrar por direitos. "O Grito dos Excluídos existe há 28 anos. Nesta edição, fazemos referência aos 200 anos de Independência do Brasil com o tema '200 anos de Independência para quem?'. Consideramos que os gritos desse ato são de cobrança de cidadania, direitos e democracia", explicou.

Neste ano, o trajeto foi invertido. "No ano em que se acirra a polarização política e atos de violência política, invertemos o trajeto para ir em direção ao Mercado de São Brás ao invés de ir para a avenida Presidente Vargas, que é o trajeto tradicional. Estamos nos distanciando dos outros atos para evitar qualquer tipo de atrito e garantir a segurança", detalhou Jorge André.

Padre cita a miséria e a injustiça no Brasil

O padre Paulo Joanil da Silva, mais conhecido como padre Paulinho, é da Comissão Pastoral da Terra e atua na assessoria das Comunidades Eclesiais de base, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 2). “A CNBB, desde o primeiro Grito dos Excluídos, há 28 anos, manifesta o apoio irrestrito ao Grito dos Excluídos, porque é o grito dos pequenos e dos pobres contra a exclusão social e em favor da vida. Por isso que, todos os anos, o Grito dos Excluídos traz um lema único em todo o território nacional, que é vida em primeiro lugar”, afirmou.

Sobre o tema do evento, ele disse que a maioria dos ainda vive dependente da miséria, da injustiça, da falta de direito e sob ataque de uma minoria que se enriquece às custas da maioria. E este ano também, afirmou padre Paulinho, a CNBB nacional emitiu uma nota em apoio ao Grito dos Excluídos, “denunciando essa situação de ódio, de injustiça e de miséria e de ataque aos direitos dos povos tradicionais e indígenas, por esse governo atual”.

Ele acrescentou: “Então, o ‘Grito’ ele se soma a todos os homens e mulheres que não se acomodam, não se ajoelham diante de tanta injustiça, de tanta opressão, de tanta miséria. “é um grito em favor da vida, em favor da justiça, em favor da paz. É um grito contra tudo aquilo que denigre a vida humana, em todo sentidos. Por isso é um grito que ecoa e vai despertando cada vez mais a consciência cidadã, a consciência cristã, a consciência do reino de Deus”.

Mametu Nangetu, do  terreiro Manso, disse que o ato é um momento político. “De a gente se juntar a todas e todos na cultura da paz e do respeito. Independente de sexualidade, de partido político, mas a gente tem um ideal político, que é a paz pelo mundo, a paz entre as pessoas e a união das tradições e das religiões”, afirmou. “Hoje é um dia importante. Dia em que nós estamos com todas as tradições, com todas as religiões, na cultura da paz, na cultura do respeito”, completou.

 

Segurança

Por volta das 9h30, a PM confirmou que não houve nenhuma ocorrência registrada durante a programação. De acordo com o coronel Pedro Celso, da Polícia Militar, o objetivo do esquema de segurança é garantir que todos os cidadãos possam se manifestar democraticamente.

Grito dos Excluídos - concentração

Policiais militares e viaturas estiveram posicionados na travessa Quintino Bocaiúva com a avenida Nazaré. Esse trecho foi interditado. Próximo ao colégio Nazaré, onde foi a concentração do Grito dos Excluídos, mais policiais militares e um ônibus do Batalhão de Choque atravessado na pista. Foi grande o aparato da PM aqui na área.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que deu apoio no trânsito, durante a manifestação do Grito dos Excluídos. Cinco agentes, uma viatura e três motocicletas, deram apoio na concentração na avenida Nazaré com a travessa Quintino Bocaiúva (Largo do Redondo), na orientação do trânsito e fechando os cruzamentos na medida que os manifestantes passarem, até a Praça do Operário.

Desde quando existe o Grito dos Excluídos?

O Grito dos Excluídos foi criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas é tradicionalmente apoiado por partidos de esquerda e vai às ruas desde 1995. 

Estas manifestações têm o objetivo de abrir caminhos aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva.

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Belém
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