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Ficar atento à saúde ocular de crianças e adolescentes evita mau rendimento nos estudos

O médico oftalmologista Thiago Barbosa Gonçalves, diretor técnico da Cornea Clinic, explica que os principais problemas de visão encontrados em crianças são a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia

Bruna Lima

As aulas recomeçaram e os responsáveis pelas crianças e adolescentes se preocupam não apenas com a questão de material e uniforme, mas também com saúde, pois muitos estudantes reclamam da saúde ocular. A reportagem conversou com uma aluna e um oftalmologista para saber quais os melhores caminhos para evitar o mau rendimento nos estudos. Miopia, o astigmatismo e a hipermetropia são citados como os maiores problemas.

O médico oftalmologista Thiago Barbosa Gonçalves, diretor técnico da Cornea Clinic, relaciona os principais problemas de visão encontrados em crianças: a Miopia, ou dificuldade para enxergar objetos que estão distantes e pode estar relacionada com uso indiscriminado das telas; a Hipermetropia, que também leva ao embaçamento visual, mas exige mais foco para objetos próximos e pode dar dor de cabeça; o Astigmatismo, que é a visão distorcida em todas as distâncias; o Estrabismo, popularmente conhecido como olho torto; e a Ambliopia, que é popularmente conhecida como olho preguiçoso, que ocorre quando a criança não desenvolve todo o seu potencial de visão e pode ser irreversível se não tratada até os 8 anos.

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E para identificar alguns desses problemas, existem sinais que podem ser observados. O oftalmologista aponta alguns deles: dificuldade em enxergar objetos distantes, apertar os olhos, deixando as pálpebras levemente entreabertas para tentar enxergar, aproximar-se muito de telas ou livros, esfregar os olhos frequentemente; dores de cabeça frequentes, desempenho escolar abaixo do esperado, olhos que desviam ou ficam tortos, sensibilidade à luz e lacrimejamento excessivo.

A estudante Ana Luiza Pires, 17 anos, usa óculos desde os sete. Ela conta que mesmo sentando na primeira fila da sala de aula não conseguia enxergar direito. Diante disso, conversou com os pais sobre a dificuldade e foi levada ao médico. “Eu lembro muito bem que eu sentia muita dificuldade para copiar o que tinha no quadro. Eu cheguei a pedir várias vezes o caderno dos meus colegas emprestado para poder ter o conteúdo”, destaca a estudante.

Ao passar pela avaliação médica foi diagnosticada com miopia, mas, com o decorrer dos anos, adquiriu também o astigmatismo. Depois que passou a usar o óculos, Ana Luiza disse que o rendimento escolar melhorou consideravelmente. “Tudo melhorou, pois eu não precisava mais sentar na primeira fila, não ficava forçando a vista e, principalmente, passei a ter um melhor rendimento”, pontua a estudante, que hoje cursa o 3º ano e se prepara para o vestibular de medicina.

image Cuidado é necessário no dia a dia, sobretudo para os estudantes (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

Em se tratando dos sinais, o médico oftalmologista Thiago Barbosa Gonçalves explica que após identificar problemas de visão na criança ou adolescente é necessário agendar uma consulta com um oftalmo pediatra. É preciso garantir que a criança use os óculos ou outras correções prescritas, como o uso de tampão, e encorajar hábitos saudáveis de visão, como pausas regulares ao usar dispositivos eletrônicos ou ler durante muito tempo.

Na escola, os professores desempenham um papel importante na detecção precoce dos problemas de visão das crianças. “Eles podem observar sinais como dificuldades de leitura, ter que se aproximar demais do quadro para enxergar ou trazer os livros muito para próximo do rosto, além da falta de atenção nas aulas” destaca o médico.

Entre os casos mais recorrentes que o médico atende, a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo predominam entre as crianças. “Essas três doenças necessitam de óculos para correção e quanto antes forem corrigidas, maiores as chances do paciente evoluir com uma boa visão na idade adulta. Estrabismo e olho preguiçoso também são doenças relativamente comuns e, em geral, a gente corrige essas doenças com óculos e tampão, além de exercícios ortópticos”, acrescenta o médico.

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